segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Anhangá

Contigo, meu filho, aprendi uma grande lição: a lição de renúncia, desprendimento e amor ao próximo.
Tu, que tinhas tudo, tudo deixaste por amor.
Deste teu título, teu poder, tua glória e até tua própria vida por uma coisa simples: Amor!
Eu que pensava já ter dado tudo, cheguei à conclusão de que nunca dei nada...
Isolei-me de tudo e de todos em meu egoísmo e tratei apenas de fortalecer minha mente e meu espírito para nada.
Não é negando que consegue a libertação, é dando amor e compreensão aos nossos semelhantes que conseguimos a paz e a vitória sobre a matéria.
Isolado, fui apenas mais um mentalista que queria consertar o mundo e os homens, sem conhecer nada desse mundo e desses homens.
Um inútil solitário, apenas.
Vim te pedir perdão, meu filho, e aprender de novo como se pode amar os nossos semelhantes.

Diálogo entre Anhangá, o Sábio da Montanha Azul, o Sumo Sacerdote dos Templos de Cristal e o Grande Tuchauá da Terra das Araras Vermelhas, Rei da antiga Atlântida, Ay-Mhoré, logo antes do dilúvio...
Trecho do livro A Terra das Araras Vermelhas, de Roger Feraudy.

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