sábado, 26 de dezembro de 2015

Vivendo a Espiritualidade

É comum que as pessoas “reservem um tempo” em suas vidas para a espiritualidade, como se fôsse algo desvinculado de seus dia-a-dias. O próprio sentido de tempo é uma ilusão, uma necessidade da persona, para formar sua própria história e individualidade.
Da mesma forma, é também comum que as pessoas “dividam-se em partes”, como se pudessem ser divididas, entre corpo, mente, emoção e espírito. Como se fôsse possível que um aspecto não se relacionasse com outros, como se qualquer deles não produzissem efeitos nos demais. E é assim que, para muitos, a espiritualidade torna-se uma questão intelectual, um conhecimento que não se torna sabedoria ao não se incorporar a consciência do ser.
O conhecimento é puro alimento ao ego, enquanto a sabedoria é vivência e ação para o bem do todo.
Esses são exemplos de como vivemos a separatividade, começando por nós mesmos, ao não nos reconhecermos divinos. Mas não é somente na nossa relação conosco que praticamos a separatividade. Nos relacionamos com o mundo como se fosse parte diferente da espiritualidade. Chamamos a esse mundo de material e nos achamos diferente dele, mas na verdade, somos nós os materialistas, os consumistas, os que alimentados pelo medo e pelos apegos, criticamos, mas fazemos parte dessa mesma sociedade.
É dessa forma que não conseguimos mais separar o que é causa humana e causa natural. Confundimos tragédia naturais – como um vulcão em erupção ou um tsunami – com dramas humanos, como o caos das barragens de Mariana ou mesmo os ataques terroristas, agora em Paris. Confundimos mais ainda, como no caso do terrorismo, com religião ou ainda imigração.
É preciso ter discernimento para o crescimento e evolução espiritual. Discernimento não é julgamento e não cabe, portanto, punição. Mas é antes o separar o joio do trigo na nossa própria consciência.
É preciso ter discernimento para enxergarmos que o consumismo exagerado, provocado pelo marketing agressivo das grandes corporações, que não conseguem se auto-sustentar, exigindo crescimento e aumento do consumo constante, está provocando sérias consequências ao planeta, as sociedades, na política e até mesmo em cada um de nós.
Entramos no terceiro milênio onde as consciências tendem a se aprimorar, onde o tempo e o espaço – as chamadas quarta e quinta dimensões – serão reavaliados e revalidados à luz da futura ciência/religião. E faz parte desse evolutivo tomarmos consciência de nossa integralidade, de nossa indissociação, de nossa inteiralidade.
Isso significa na prática que embora tenhamos ego, podemos, conscientemente, pelo poder da mente corrigida, agirmos na divindade, pelo poder da Vontade.
Muitas técnicas, ciências, terapias holísticas têm surgido nesses últimos 35 anos, todas direcionamento e sinalizando essas mudanças, que deveríamos perceber, como por exemplo: Apometria, Cura Prânica, Psicologia da Alma, Curso em Milagres, O Livro de Urântia, As Cartas de Cristo, Constelações Familiares, Código Grabovoi, Toque Quântico, Física Quântica, além de tantas outras.
É preciso que tomemos consciência de nós mesmos, de sermos seres completos, de agirmos com a mente corrigida, de estendermos a espiritualidade à nossa vida e às nossas relações familiares e sociais.
É necessário tomarmos consciência de nosso trabalho, do sistema de educação a que estamos expostos, à economia e política, ao meio ambiente.
Tudo está interligado e depende de nós.
Precisamos aprender a agir em união, em comunhão, em conjunto e positivamente para criarmos o novo.
Não basta dizer-se espiritualista ou religioso...
É preciso agir espiritualmente e com religiosidade, consigo mesmo e com todos.