terça-feira, 31 de julho de 2018

O Plano Astral

Chama-se de plano astral, mundo astral, mundo dos desejos, dentre outros nomes, ao plano espiritual imediatamente superior ao plano físico denso (este composto do corpo físico denso e do corpo etérico ou duplo etérico - já que é uma cópia sub-atômica do corpo físico denso).
Os espíritos que incorporam em médiuns possuem esta estrutura corpórea sutil. Este plano e seus habitantes são visíveis aos clarividentes (condição evolutiva) e aos videntes (condição mediúnica). Já os espíritos que por evolução já prescindiram do uso desse corpo ou estado de consciência, comunicam-se com os médiuns por sintonia mental, sem incorporação.
É para este plano que vamos ao desencarnar, onde habitaremos um dos sete sub-planos astrais dependendo do grau evolutivo do seu possuidor, significando ser mais ou menos denso. Varia grandemente de massa, de tal modo que o homem desencarnado possui um peso específico que, em Física, é resultado da massa de um corpo dividida por seu volume: Pe = M/v.
Este estado de maior ou menor densidade é que diferencia os espíritos: quando desencarnados, somos quase automaticamente localizados na região ou faixa vibratória do mundo espiritual que for mais compatível com nosso peso específico
Os espíritos muito materializados vivem na erraticidade, junto às criaturas encarnadas. Chama-se erraticidade o estado de existência sem finalidade objetiva e útil, sem consciência do plano em que vivem, em que se encontram espíritos desencarnados.
Embora esse estado tenha como causa primordial o desconhecimento da evolução e do papel do espírito no contexto cósmico, essa angustiosa existência se agrava em conjunto com outros fatores:
- ignorância e desesperança quanto às possibilidades de evolução
- apego a bens materiais, pessoas etc.
- contínua revolta por se julgar impotente para agir diretamente sobre a natureza, como os encarnados
- a natural dificuldade de adaptação ao novo meio e todas as distorções de avaliação (em que se incluem as de si próprio)
- outros fatores de ordem pessoal, moral e material que perturbam o recém-desencarnado.
Se não forem essencialmente perversos, esses espíritos errantes facilmente são encaminhados a estâncias de aprendizagem e recuperação existentes no astral; para tanto, basta orientá-los com segurança.
Espíritos sem evolução costumam conservar os estados de sofrimento que os levaram à morte, vivendo, por vezes, sofrimentos intensos durante anos a fio.
Porém, quando se vêm livres, mesmo que por minutos, desse horrível prolongamento da agonia, através do emprego de energias curativas, essas pobres criaturas desabrocham para o amor.
O corpo astral separa-se facilmente do corpo físico denso. Não se condensa por ser de natureza imaterial, magnética, portanto, não forma objetos materializados, diferentemente do duplo etérico. Entretanto é facilmente plasmado pelo pensamento, pelo corpo mental, que "cria" facilmente formas no mundo astral.
É dessa propriedade da amoldagem que podemos promover diversos tratamentos aos desencarnados desse plano, que se encontram enfermos ou feridos, sofrendo ainda das causas de sua passagem (morte).
Uma das mais importantes propriedades do corpo astral é a sensibilidade. O corpo físico transmite os estímulos percebidos no mundo físico, através dos cinco sentidos, que se transformam no corpo astral em sensações dolorosas ou prazerosas.
Daí os vícios serem atribuídos ao corpo astral, chamado também de "o corpo dos desejos". Os vícios e desejos são de natureza psíquica e levamos nossos vícios e paixões após o desencarne. É o corpo astral que sente e é este o motivo de alguns desencarnados continuarem a sofrer dores de natureza física ou desejos arraigados como o álcool ou tabaco.
A sensação é física, primária, instintiva. Já a emoção é de maior complexidade, ligando-se ao desejo, que exacerbado, leva à paixão.
Talvez a maior luta que podemos travar em nosso estado atual evolutivo seja a de refrear, policiar e dominar os desejos e sentimentos de natureza inferior. Desde os impulsos instintivos e animais, como a fome, sede e sexo até as desenfreadas paixões pelo poder, pela posse, pela concupiscência.
Deste corpo os sentimentos se elevam e passam a um nível maior de consciência, pela evolução do ser, próprios dos espíritos superiores.
Não nos esqueçamos que as sensações e sentimentos dão colorido e força impulsiva à nossa existência nesse plano, sendo importante estado de consciência. Mas necessitam de cuidado.