quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

A Serpente e a Lótus

Muito antes do amanhecer da civilização ocidental e da linguagem escrita, a ciência e a espiritualidade não eram duas coisas separadas.
Nos ensinamentos das grandes tradições antigas a busca externa por conhecimento e certeza era compensada pelo sentimento interior de impermanência e pela compreensão intuitiva da espiral da mudança.
À medida que o pensamento científico se tornou mais dominante e a informação se multiplicou, a fragmentação iniciou-se em nossos sistemas de conhecimento. O aumento das especializações faz com que poucas pessoas fossem capazes de ver o panorama geral, de sentirem e intuírem a estética do sistema como um todo.
Ninguém se questiona: “Será que todo esse pensar é bom para nós?”
A Sabedoria Antiga está aqui, em nosso meio, escondida de nossas vistas. Mas estamos muito mais preocupados com nossos pensamentos, nossas rotinas, para reconhecê-lo.
Essa sabedoria proibida é o caminho para reestabelecermos o equilíbrio entre o interior e o exterior. Yin e Yang. Entre a espiral da mudança e a quietude de nosso centro.
Na mitologia grega, Esculápio era o filho de Apolo e o deus da cura. Sua sabedoria e habilidades de cura eram insuperáveis e é dito que havia descoberto o segredo da vida e da morte. Na Grécia antiga, os templos de cura esculapiana reconheciam o poder da espiral primordial, a qual era simbolizada pelo bastaõ de Esculápio.
Dizem que Hipócrates, o pai da medicina, cujos juramentos ainda formam o código da profissão médica atual, recebeu seus treinamentos num templo esculapiano. Até hoje, esse símbolo de nossa energia evolutiva permanece sendo o logotipo da Associação Médica Americana e de muitas outras organizações médicas mundo afora.
Na iconografia egípcia, a serpente e o pássaro representam a dualidade ou polaridade da natureza humana. A serpente em direção descendente é a espiral manifestada, a energia evolutiva do mundo. O Pássaro é a direção ascendente, a corrente em direção ao Sol ou a consciência unifocalizada desperta – o vazio do Akasha.
Faraós e deuses são representados com sua energia desperta, pois a kundalini ascende a coluna vertebral e perfura o “chacra ajna”, o chacra do entre-olhos”, o chacra da terceira visão. Este é chamado no Egito de O Olho de Hórus.
Na tradição hindu, o bindi, aquele pequeno ponto vermelho entre os olhos, também é uma representação da terceira visão, a conexão divina com o espírito.
A máscara do Rei Tutankhamon é um exemplo clássico que mostra o tema de aves e serpentes.
As tradições maia e asteca combinam o tema da serpente e do pássaro em um único deus. Quetzalcoatl ou Kukulcán. O deus da serpente emplumada representa a consciência evolutiva desperta ou a Kundalini desperta. A pessoa que desperta Quetzalcoatl dentro dela mesma se torna uma manifestação viva do divino. Dizem que Quetzalcoatl, ou a serpente de energia, regressará no final dos tempos.
Os símbolos da serpente e do pássaro também são encontrados no Cristianismo. Seus significados reais podem estar muito mais codificados, mas o significado é o mesmo do de outras antigas tradições. No Cristianismo, o pássaro ou pomba geralmente visto acima da cabeça de Cristo, representa o Espírito Santo ou Kundalini Shatki, à medida que ascende o sexto chacra e mais além.
Os místicos cristãos chamam a Kundalini por outro nome: Espírito Santo. Em João 3:12 está escrito: “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado”. Jesus e Moisés despertaram sua energia Kundalini, trazendo o despertar da consciência às forças inconscientes reptilianas que regem os desejos humanos.
Dizem que Jesus permaneceu quarenta dias e quarenta noites no deserto e que, durante esse período, ele foi tentado por Satanás. Da mesma forma, Buda foi tentado por “Mara”, enquanto estava sentado em busca da iluminação, abaixo da árvore Bodhi ou a árvore da sabedoria.
Tanto Cristo quanto Buda tiveram de livrar-se da tentação dos prazeres sensoriais e apego mundanos. Em ambas histórias, o demônio é a própria personificação de seus próprios apegos.
Se lermos a história de Adão e Eva sob a luz das tradições védicas e egípcias, descobriremos que a serpente que protege a árvore da vida é a Kundalini. A maçã representa o encanto e a tentação do mundo sensorial externo, nos distraindo do conhecimento do mundo interior, a árvore do conhecimento interior.
A árvore é apenas a rede de Nadis ou os meridianos de energia dentro de nós mesmos, os quais formam, literalmente, estruturas em forma de árvore por todo nosso corpo.
Em nossa busca egóica por gratificação externa, acabamos por nos segregar do conhecimento do mundo interior, nossa conexão com a Akasha e com a fonte da sabedoria.
Muitos dos mitos históricos mundo afora a respeito de dragões podem ser interpretados como metáforas das energias internas das culturas as quais faziam parte. Na China, o dragão ainda é um símbolo sagrado que representa a felicidade.
Assim como os faraós egípcios, os antigos imperadores chineses que despertaram suas energias evolutivas, eram representados pela serpente alada ou dragão.
O totem real do Imperador Jade ou Imperador Celestial exibe um equilíbrio similar ao de Ida e Pingala. O yin-yang do Taoísmo, despertando o centro pineal ou o que no Taoísmo é chamado de Dan Tian Superior.
A natureza é repleta de formas distintas para detectar e assimilar a luz. Por exemplo, um ouriço-do-mar é capaz de enxergar com seu corpo espinhento, que age como se fosse um grande olho. Ouriços-do-mar detectam a luz que incide em seus espinhos e comparam a intensidade dos raios para terem melhor noção de seus arredores. Iguanas verdes e outros répteis possuem um olho parietal ou glânula pineal no topo de suas cabeças e o usam para detectar predadores vindos de cima.
A glândula pineal humana é uma pequena glândula endócrina que ajuda a regular os padrões de sono e vigília. Mesmo ela estando profundamente alocada na cabeça a glândula pineal é sensível a luz.
O filósofo Descartes reconheceu que a área da glândula pineal ou terceiro olho era a interface entre a consciência e a matéria. Praticamente tudo é simétrico no corpo humano: dois olhos, dois ouvidos, duas narinas, até mesmo o cérebro possui dois lados. Mas existe uma área do cérebro que não é espelhada. Essa é a área da glândula pineal e o centro energético que a circunda.
No nível físico, moléculas únicas são formadas naturalmente pela glândula pineal, tais como a DMT (dimetiltriptamina). A DMT também é produzida naturalmente no momento do nascimento e da morte, agindo literalmente como uma ponte entre o mundo dos vivos e dos mortos. A DMT é produzida naturalmente durante os estados de meditação profunda e Samadhi, ou por meios enteogênicos. Por exemplo, a Ayahuasca é usada nas tradições xamânicas na América do Sul para remover o véu entre o mundo interior e o mundo exterior.
A própria palavra pineal tem a mesma raiz da palavra pinha, pois a glândula pineal possui um padrão espiral de filotaxia semelhante ao da pinha. Esse padrão, também conhecido como padrão da Flor da Vida, é bastante comum nas obras de arte antigas que representam seres iluminados ou despertos.
Quando a imagem de uma pinha é vista em obras de arte sagradas, ela representa o terceiro olho desperto: a consciência unifocalizada desperta, direcionando o fluxo da energia evolutiva. A pinha representa o florescer dos chacras superiores os quais são ativados assim que Sushumna se eleva até o chacra Ajna e além.
Na Mitologia Grega, os seguidores de Dionísio carregavam consigo um tirso, ou cajado gigante com videiras enroladas em espiral e com uma pinha no topo. Novamente, representando a energia de Dionísio ou Kundalini Shatki enquanto viaja através da coluna vertebral até o corpo pineal no sexto chacra.
No coração do Vaticano, talvez espera-se ver alguma escultura gigante de Jesus ou de Maria, mas no lugar encontramos uma estátua gigante de uma pinha, indicando que na história do Cristianismo pode ter havido conhecimento sobre os chacras e a Kundalini, mas por algum motivo, forma mantidos em segredo das massas. A explicação oficial da Igreja é de que a pinha é um símbolo da regeneração e representa uma vida nova em Cristo.
O filósofo e místico do século XIII, Mestre Eckhart disse: “O olho com que vejo Deus e o olho com que Deus me vê é o mesmo”.
Na Bíblia (versão Rei James) Jesus diz: “A candeia do corpo são os olhos, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz”.
Buda disse: “O corpo é um olho”.
No estado de Samadhi, a pessoa é, ao mesmo tempo o observador e o observado. Somos o universo consciente de si mesmo.
Quando a Kundalini é ativada, ela estimula o sexto chacra e o centro pineal e essa região começa a recuperar algumas de suas funções evolutivas. A meditação no escuro foi usada por milhares de anos como uma forma de ativar o sexto chacra, na região da glândula pineal. A ativação desse centro permite uma pessoa ver sua própria luz interior.
Seja o iogue proverbial ou o xamã em retiro profundo numa caverna ou um taoísta ou iniciado maia, até mesmo um monge tibetano, todas as tradições incorporaram um período em que alguém permanece na escuridão. A glândula pineal é o portal para experimentarmos nossa própria energia sutil de maneira direta.
O filósofo Nietzsche disse: “Quando se olha muito tempo para um abismo, eventualmente descobrirá que o abismo olha para você de volta”.
Dólmens, ou tumbas antigas em forma de pórtico são uma das mais antigas estruturas remanescentes na Terra. A maioria delas datam do período neolítico, de 3.000 a 4.000 a.C. E algumas delas na Europa Ocidental possuem 7.000 anos de idade. O dólmen era usado para entrar em meditação perpétua, como uma forma para humanos formarem uma ponte entre os mundos internos e externos. Enquanto alguém permanecer meditando em completa escuridão, eventualmente ela começa a observar a energia interior ou a luz, assim que o terceiro olho é ativado.
O ritmo circadiano, que é governado pelos canais do Sol e da Lua, não mais controla as funções do corpo e um novo ritmo é estabelecido.
O sétimo chacra, há milhares de anos, tem sido representado pelo símbolo “OM”. É um símbolo construído por sinais em sânscrito que representam os elementos. Quando a Kundalini ascende além do sexto chacra, começa a criar um halo de energia. Halos aparecem com grande frequência nas pinturas religiosas de diferentes tradições, em diferentes partes do mundo, como no Templo Jain, em Ranakpur, ìndia; Buda Maitreya, Dinastia Wei do Norte (386-534); em afrescos Cristãos Búlgaros; imagem de Lao Tsu, dinastia Zhou, 604 a.C. na China; na imagem do Sol Invicto, Deus Sol Romano do Séc. III; nos Templos Budistas Chineses; na arte Mexicana Pré-Colombiana; na estátua de Buda de Gandhara, Século I e II, no Paquistão; no Templo de Krishna, na Índia ou no mosaico do Santuário de São Giovanni Rotondo, na Itália.
O halo, ou a imagem do sinal de uma energia ao redor de um ser desperto, é comum em virtualmente todas as religiões ao redor do mundo e não é propriedade de um grupo ou religião, é o direito inalienável de cada ser humano neste planeta.
O chacra da coroa é a conexão com o divino, aquilo que está além da dualidade, além do nome e da forma.
Akhenaton foi um faraó que teve como esposa Nefertiti. Ele é chamado de Filho do Sol. Ele descobriu “aton”, ou a palavra de Deus dentro de si mesmo, unindo a Kundalini e a consciência.
Na iconografia egípcia mais uma vez a consciência desperta é representada pelo disco solar, visto acima da cabeça de deuses ou seres despertos.
Na tradição Hindu e Iogue, esse halo é chamado de “Sahasrara”, a lótus de mil pétalas. Buda é associado com o símbolo de uma lótus. O padrão de filotaxia é o mesmo padrão que pode ser encontrado numa lótus florescida. É o padrão da Flor da Vida. A semente da vida. É o padrão fundamental no qual todas as formas se encaixam. É na verdade, a forma absoluta do próprio espaço ou uma qualidade inerente da Akasha.
Em algum período da história, o símbolo da flor da vida era predominante na Terra. A flor da vida é encontrada sob custódia de leões nos lugares mais sagrados da China e em outras partes da Ásia.
Os 64 hexagramas do I Ching geralmente dispostos ao redor do símbolo do yin-yang, são uma outra maneira de representar a flor da vida. Dentro da flor da vida está a base geométrica de todos os sólidos platônicos; simplesmente todas as formas que podem existir.
A antiga flor da vida começa com a geometria da Estrela de Davi, ou os triângulos equiláteros para cima e para baixo, ou ainda em 3D, as estruturas em forma de tetraedros. Esse símbolo é um yantra, um tipo de programa que existe dentro do universo: a máquina que está gerando nosso mundo fractal.
Yantra tem sido usada durante milhares de anos como ferramentas para despertar a consciência. A forma visual de um yantra é a representação externa de um processo interno do desdobramento espiritual. É a música oculta do universo, tornada visível, composta de intersecções de formas geométricas e padrões de interferência. Cada chacra é um lótus, um yantra, um centro psicofisiológico através do qual o mundo pode ser experimentado.
Um yantra tradicional, tal como os encontrados na tradição tibetana, possuem ricas camadas de significado, às vezes incorporando uma completa cosmologia e visão do mundo. O yantra é um padrão de constante evolução que trabalha através do poder da repetição ou interação de um ciclo.
O poder do yantra está praticamente perdido no mundo atual, pois buscamos o significado apenas na forma exterior e não nos conectamos com nossas energias interiores através da intuição.
Existe um bom motivo para padres, monges e iogues serem, tradicionalmente, celibatários. Atualmente, poucos deles sabem realmente a razão de praticarem o celibato pois o propósito real se perdeu.
Bem simples: se sua energia será consumida para a produção de esperma ou óvulos, seja qual for o caso, então não terá força suficiente para elevar a Kundalini, o qual ativa os chacras superiores. A Kundalini é a energia vital, que também é a energia sexual. Quando a consciência é focada em desejos animais e posta em objetivos que refletem os chacras superiores, essa energia flui pela coluna vertebral até esses chacras.
Muitas das práticas tântricas ensinam como dominar a energia sexual para que possa ser usada para uma evolução espiritual superior.
Seu estado de consciência cria as condições adequadas para que sua energia possa crescer. Entrar num estado de consciência não toma tempo algum.
Como Eckhart Tolle disse: “Consciência e presença sempre ocorrem no agora”.
Se está tentando fazer algo acontecer, então você está criando resistência ao que está. É removendo toda as resistências que permitimos que a energia evolutiva se desdobre.
Na antiga tradição Iogue, as posturas da Ioga eram usadas para preparar o corpo para a meditação. A Hatha Ioga jamais foi intencionada apenas como mero regime de exercícios, mas como um caminho para ligar os mundos interiores e exteriores das pessoas. A palavra em Sânscrito “hatha” significa: Sol “ha” e Lua “tha”.
Na Yoga Sutra original de Patandjáli p propósito dos oito passos da ioga é o mesmo do caminho de oito passos de Buda: liberar a pessoa do sofrimento.
Quando as polaridades do mundo dualístico estão equilibradas, uma terceira nasce. Encontramos uma misteriosa Chave de Ouro que destrança as forças evolutivas da natureza. Essa síntese dos canais do Sol e da Lua é a nossa energia evolutiva.
Devido à humanidade se identificar quase que exclusivamente com seus pensamentos e o mundo exterior, é raro um indivíduo que consiga equilibrar as forças de seus mundos exterior e interior, permitindo assim que a Kundalini desperte naturalmente.
Para aqueles se identificam apenas com a ilusão, a Kundalini será apenas mais uma metáfora, uma ideia, ao invéz de uma experiência direta da energia e consciência de uma pessoa.
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A Espiral Primordial

O filósofo grego Platão insinuava de maneira enigmática que existia uma chave de ouro que unificava todos os mistérios do universo. É com essa chave de ouro que retornaremos ao tempo uma vez mais através de nossa pesquisa. A chave de ouro é a inteligência do Logos, a fonte do Om Primordial. Podemos dizer que é a mente de Deus.
Com nossos sentidos limitados, observamos apenas a manifestação externa da mecânica oculta da auto similaridade. A fonte dessa simetria divina é o maior mistério de nossa existência.
Muitos dos maiores pensadores da história, tais como Pitágoras, Keppler, Leonardo da Vinci, Tesla e Einstein chegaram ao limiar do mistério.
Einstein disse: “A coisa mais bela que podemos vivenciar é o mistério. Ele é a fonte fundamental de toda verdadeira arte e de toda ciência. Aquele que não o conhece e não mais se maravilha, paralisado em êxtase, é como se estivesse morto. Seus olhos estão fechados”.
Isso me parece ser a atitude até mesmo do mais inteligente ser humano, a respeito de Deus. Vemos um universo maravilhosamente arranjado e obedecendo a certas Leis. Nossas mentes limitadas não conseguem compreender a misteriosa força que move as constelações.
Todo cientista que observa o universo com atenção e todo místico que busca arduamente dentro de si mesmo, no final das contas, encaram a mesma coisa: a Espiral Primordial.
Mil anos antes da criação do antigo observatório em Stonehenge, a espiral era um símbolo predominante na Terra. As antigas espirais podem ser encontradas por todas as partes do globo. Milhares de antigas espirais podem ser encontradas por toda Europa, na América do Norte, no Novo México, em Utah, Austrália, China e Rússia. Virtualmente em todas as culturas indígenas na Terra.
As antigas espirais simbolizavam crescimento, expansão e energia cósmica, encarnada no Sol e nos céus. A forma espiral refletia o macrocosmos do próprio universo revelando-se. Nas tradições indígenas, a espiral era a fonte energética, a Mãe Primordial.
As espirais neolíticas em Newgrange, Irlanda, remontam há cinco mil anos. São 500 anos mais velhas que as Grandes Pirâmides de Gizé e são tão enigmáticas quanto elas aos observadores modernos.
As espirais remontam uma época na história quando os humanos estavam mais conectados com a Terra e seus ciclos e espirais da natureza. Uma época em que os humanos eram menos identificados com seus pensamentos.
A espiral é o que percebemos ser a força de torção do universo, quando observamos a uma galáxia, por exemplo. O Prâna, ou a força criativa, faz a Akasha girar numa contínua de formas sólidas.
Encontrada em todos os níveis entre o macrocosmo e o microcosmo, desde as galáxias espiraladas até os sistemas meteorológicos, desde a água em sua banheira fluindo para o ralo, no olho de um furacão, até seu DNA ou a experiência direta de sua própria energia, nos fluxos de energia que correm em sua coluna vertebral.
A Espiral Primordial não é uma ideia, mas sim aquilo que faz com que todas as condições e ideias sejam possíveis.
Vários tipos de espirais e hélices são encontrados na natureza: caracóis, corais marinhos, teias de aranha, fósseis, cavalos-marinhos e conchas. Muitas espirais presentes na natureza são observadas como sendo espirais logarítmicas ou espirais em crescimento. À medida que se avança de seu centro, as divisões da espiral se tornam exponencialmente maiores.
Assim como a Rede de Joias de Indra, espirais logarítmicas são auto similares ou holográficas, de maneira que as características de cada parte refletem o todo.
Há 2400 anos, na Antiga Grécia, Platão considerou as proporções geométricas contínuas como sendo o mais profundo vínculo cósmico. A Proporção Áurea ou Proporção Divina, era o maior segredo da natureza.
A mesma forma de pentágono encontrada numa estrela do mar, ou numa fatia de quiabo, pode ser vista no caminho do Planeta Vênus, traçado no céu da noite, num período de oito anos, perfazendo sua rota em torno de Sol.
Observamos o compreensível mundo das formas no céu e o mundo visível de objetos na Terra, através deste princípio geométrico de auto similaridade.
Desde o padrão espiral auto similar do brócoli até os braços das galáxias, as espirais logarítmicas são padrões onipresentes e arquetípicos. Nossa própria Via Láctea possui muitos braços espirais que são espirais logarítmicas inclinadas em torno de 12 graus. Quanto maior a inclinação da espiral, mais compactos são os giros.
Quanto observamos um vídeo acelerado de uma planta nascendo e crescendo, testemunhamos sua dança com a espiral da vida.
Uma espiral dourada é uma espiral logarítmica que cresce externamente segundo o fator da Proporção Áurea. A Proporção Áurea é uma relação matemática especial que aparece inúmeras vezes na natureza. O padrão observável segue o que chamamos de Série de Fibonacci ou Sequência de Fibonacci, que desdobra-se de tal maneira que cada número é a soma dos dois números anteriores.
O matemático e astrônomo alemão Keppler descobriu que padrões espirais auto similares são facilmente encontrados no formato em que as folhas se arranjam no caule das plantas. Ou mesmo numa pequena flor e no arranjo de pétalas das flores.
Leonardo da Vinci observou que os espaços das folhas estão, geralmente, em padrões espirais. Esses padrões são chamados de padrão “filotaxia” ou padrão de arranjo de flores.
A filotaxia pode ser encontrada em nucleotídeos auto-organizados do DNA e em tudo, desde a família das árvores e reprodução de coelhos, até em pinhas, cactos, num floco de neve e até em simples organismos como as diatomáceas. As diatomáceas são um dos tipos mais comuns de fitoplânctons: organismos unicelulares que servem de alimento para inúmeras espécies em toda a cadeia alimentar.
É necessário saber muito de matemática para ser um girassol ou uma abelha ao construir sua colmeia? A natureza não consulta o departamento de física para fazer um brócoli crescer. A estrutura da natureza acontece automaticamente.
Cientistas no campo da nanotecnologia usam o termo “automontagem” para descrever como os complexos são formados, como na fase inicial em forma hexagonal da formação do DNA.
Na engenharia da nanotecnologia, nanotubos de carbono são arranjados de maneira semelhante a geometria dos DNAs.
A natureza faz uso desse tipo de geometria repetidamente, sem qualquer esforço ou raciocínio. Automaticamente. Sem fazer uso de calculadora. A natureza é precisa e extremamente eficiente.
Segundo o famoso arquiteto e autor Buckminster Fuller, esses padrões são uma função do tempo-espaço.
O DNA e o favo de mel possuem tal forma pelo mesmo motivo da bolha de sabão ser redonda: é o formato mais eficiente que requer a menor quantidade de energia necessária.
O espaço em si tem forma e permite apenas algumas configurações para a matéria, sempre padronizando aquela mais eficiente. Esses padrões são a forma mais forte e eficiente para construirmos estruturas arquitetônicas, como, por exemplo, as cúpulas geodésicas.
Os padrões de espirais logarítmicas permitem às plantas a máxima exposição à polinização de insetos, exposição máxima aos raios solares e a chuva e permitem que elas espiralem água até suas raízes da maneira mais eficiente possível.
Aves de rapina usam padrões de espirais logarítmicas para espreitar sua próxima refeição. Voar de maneira espiralada é o método mais eficiente para caçar, sem desperdício de energia.
A habilidade de se ver a espiral da vida dançando a Akasha na forma material, tem a ver com a beleza e a simetria na natureza. O poeta William Blake certa vez disse: “O universo vegetal se abre como uma flor vinda do centro da Terra, de onde está a eternidade. Expande-se das estrelas até a concha terrestre e ali encontra-se com a eternidade novamente, tanto interna quanto externamente”.
O estudo de padrões na natureza não é algo muito comum no ocidente, mas na China antiga essa ciência era conhecida como “Li”. Li reflete a ordem dinâmica e os padrões na natureza. Mas não foi concebida como um padrão estático, congelado ou imutável, como um mosaico. É um padrão dinâmico como o incorporado em todas as formas de vida.
As artérias das folhas, as marcas de uma tartaruga e os padrões venosos em rochas são todas expressões da linguagem secreta da natureza e da arte. O labirinto é um dos muitos padrões de Li. É encontrado nas estruturas de corais, em cogumelos como o morel, repolhos e até no cérebro humano.
A estrutura celular é outro padrão comum na natureza. Existe uma miríade de diferentes estruturas celulares mas todas possuem uma ordem similar definida por seu propósito e função. É fácil nos fascinarmos com o constante jogo de formas, mas o mais interessante é que certas formas de arquétipo parecem estar entrelaçadas no tecido de toda a natureza.
O padrão de ramificações é outro padrão de Li ou padrão arquétipo, observado facilmente em todos os níveis e em todas as escalas de fractais. Os galhos de árvores, os sistemas ramificados de bacias hidrográficas e os raios são desse padrão.
Um supercomputador similou uma imagem mostrando a distribuição da matéria escura em nosso universo, imagem que ficou conhecida como Millenium Run. Foi criada pela Sociedade Max Planck, na Alemanha. A matéria escura é, basicamente, o que achávamos ser espaço vazio. A imagem é como um sistema nervoso invisível que percorre todo o universo. O universo é, literalmente, como um cérebro gigante. Está constantemente pensando, usando um tipo de energia escura ou oculta, a qual a ciência está apenas começando a compreender.
Através dessa imensa rede, uma quantidade inacreditável de energia se move proporcionando o impulso para a expansão e o crescimento do universo.
A natureza é capaz de criar padrões de ramificação automaticamente, caso criemos as condições mínimas necessárias. A natureza é uma máquina geradora de arte ou um motor criador da beleza. Podemos usar a eletricidade, por exemplo, para gerar ramificações de cristais de prata. Os cristais se formam no catodo de alumínio, quando os íons se depositam via eletrólise da solução de nitrato de prata. A formação cristalizada é auto-organizadora.
Johann Wolfgang Von Goethe disse: “A beleza é uma manifestação das Leis secretas da natureza que de outra maneira, estariam ocultas de todas nós para sempre”. Nesse sentido, tudo na natureza está vivo e se auto-organiza. Quando alta voltagem é usada, as ramificações de fractais se tornam muito mais óbvias, no exemplo da prata.
No corpo humano, estruturas e padrões parecidos com árvores são encontrados por toda parte. Temos, é claro, o sistema nervoso que a medicina ocidental conhece bem, mas nas medicinas chinesa, ayurvédica e tibetana os meridianos de energia são componentes essenciais para a compreensão de como o corpo funciona.
Os Nadis, ou meridianos de energia, formam estruturas parecidas com as árvores. Uma autópsia não revelará os chacras ou nadis, mas isso não significa que não existam. É preciso refinar as ferramentas que usamos para podermos enxergar. Precisamos primeiro aprender a aquietar nossa própria mente. Somente assim poderemos observar essas coisas, primeiro dentro de nós mesmos.
Na teoria elétrica, quanto menor a resistência de um cabo, mais facilmente a energia é carregada através dele. Quando cultivamos a tranquilidade através da meditação, criamos um estado de não-resistência em nosso corpo.
Prâna ou Chi, ou a energia interior são simplesmente sua vitalidade interior. Aquilo que você sente quando traz sua consciência para dentro de seu corpo. Os cabos sutis dentro de seu corpo que carregam o Prâna, os Nadis, são capazes de mover cada vez mais energia prânica através dos chacras.
Quanto mais usar seu cabeamento, mais forte ele se torna, permitindo que a energia flua cada vez mais. Onde quer que a consciência seja alocada, o Chi ou a energia começará a fluir e as conexões físicas começarão a desabrochar.
Dentro do cérebro e do sistema nervoso, os padrões físicos de conexão estabelecem-se através da repetição. Ao focar continuamente sua atenção no interior, e reduzir sua resistência às sensações que está experimentando, você aumenta sua capacidade energética.
No Taoísmo, o símbolo do yin-yang representa a interpenetração das forças espirais da natureza. O Yin-yang não são dois e não são um. O antigo conceito do “hara” é representado por um yin-yang ou redemoinho em espiral. É a força central localizada no abdômen, logo abaixo do umbigo. Hara significa, literalmente, mar ou oceano de energia.
Na China, o Hara é chamado de Dan Tian inferior. Em muitas formas de artes marciais antigas, o guerreiro com um hara forte é considerado impossível de ser parado. Na tradição Samurai, uma das formas de suicídio ritual ou seppuku era o Hara Kiri. Seu significado é empalar seu próprio Hara, cortando assim seu canal de energia ou Chi.
Mover-se a partir desse centro cria-se graciosos e enraizados movimentos, que não vemos nas artes marciais, mas também em grandes jogadores de golfe, dançarinas do ventre, e no giro do sufismo. É o cultivo, focado num ponto, da consciência disciplinada, que é a essência do Hara. A quietude no olho do furacão.
É o instinto de nossas entranhas conectando-se com nossa própria fonte de energia. Uma pessoa com um bom Hara está conectada com a Terra e com sabedoria intuitiva que conecta todos os seres. Pensar com seu próprio ventre, ou hara de kanganasaii, é conectar-se com a sua própria sabedoria interior.
Os antigos Aborígenes Australianos concentravam-se nessa mesma região, logo abaixo do umbigo, onde o cordão da grande serpente arco-íris está enroscada. Uma vez mais, uma representação da energia evolutiva na humanidade.
Não é por acidente, uma mera casualidade, que seja justamente no Hara onde uma nova vida começa, no ventre da mãe.
O sistema nervoso entérico, às vezes chamado de “cérebro do intestino”, é capaz de manter uma complexa matriz de conexões, similar às do cérebro da cabeça, com seus próprios neurônios e neurotransmissores. Consegue agir de maneira autônoma, quer dizer, com sua própria inteligência. Podemos dizer que o cérebro do intestino é uma versão fractal do cérebro da cabeça. Ou, talvez, que o cérebro da cabeça seja uma versão fractal do cérebro do intestino.
Quando um urso sabe onde procurar por ervas, ele segue o movimento de Chi de seus sentidos, centralizado no Hara, ou no abdômen. Essa é a conexão do urso com a cabana dos sonhos: o lugar de onde vem todo o conhecimento, nas tradições indígenas, e retorna a espiral da vida.
Mas como os povos antigos sabiam a respeito da espiral, se a ciência moderna está apenas começando a reconhecer a sua importância?
Pergunte às abelhas, pois elas não esqueceram como amar. Abelhas tem uma conexão especial com a fonte, como parte do sistema simbiótico, auxiliando a beleza e a diversidade florescerem. Elas são a ponte entre o macrocosmo e o microcosmo. Existe apenas um coração que conecta todas as abelhas, uma mente coletiva, se assim preferir. Como um cérebro aberto, a colmeia envia seus sonhos ao mundo, para que possam se manifestar.
Na natureza, muitas criaturas sabem como agir em uníssono, movimentarem-se como um só espírito, numa única direção.
Mas nem todas as espécies beneficiam umas as outras. Por exemplo, o gafanhoto devorará tudo que estiver em seu caminho. Um gafanhoto não tem como agir a não ser como um gafanhoto, não tem outra opção. Jamais fará mel ou polinizará plantas como as abelhas fazem. O comportamento de um gafanhoto é rígido.
O ser humano é único nesse sentido: podemos agir como uma abelha ou como um gafanhoto. Somos livres para mudar e manipular os padrões que interagimos com o mundo. Podemos viver em simbiose ou como um parasita.
Atualmente, os humanos tentam compreender a espiral com a mente racional, mas o ato de pensar nunca foi o que nos conectou com a espiral da vida.
Sempre estivemos conectados com a espiral da vida.
O pensamento foi o que nos tem mantido na ilusão da separação, dentro de nossas próprias identidades.
O pensamento é a criação da separação. A experiência da limitação.
Quanto mais nos alinhamos com o pensamento, mais nos distanciamos da fonte.
As culturas antigas menos alinhadas com o pensamento, se alinhavam mais com a espiral, de maneira mais direta e pessoal do que fazemos hoje em dia.
Na Índia antiga, a Kundalini é a representação de nossa própria energia interior, a qual se move ao longo da coluna vertebral, num padrão de serpente ou hélice.
Nas antigas tradições yogues da Índia, os mundos internos das pessoas daquela época se comparavam aos das culturas alinhadas com o Hara. Equilibrar a força da espiral com a quietude de observar sua própria consciência é alinhar-se com seu pleno potencial evolutivo. É florescer como um ser único e multifacetado ao qual você foi projetado para ser.
“Ida” - o canal feminino ou canal lunar, está conectado com o lado direito do cérebro.
“Pingala” - o canal masculino ou canal solar, está conectado com o lado esquerdo do cérebro.
Quando estes canais estão equilibrados, a energia flui até um terceiro canal:
“Sushumna” - no centro da coluna vertebral, energizando os chacras e desbloqueando nosso pleno potencial evolutivo.
A palavra “chacra” é uma antiga palavra em sânscrito que significa roda de energia.
“Kundalini” é nada mais que a espiral primordial que, como em uma dança, faz com que sua vida humana exista.
É um tipo de energia diferente da que normalmente conhecemos. É como uma ponte da “matéria bruta” até as energias mais sutis. Você é essa ponte.
A Kundalini não é uma energia que pode ser forçada pela vontade, esforço e fricção. É similar a cultivarmos uma flor. Tudo o que podemos fazer como bons jardineiros, é preparar o solo e as condições adequadas, e permitir que a natureza tome seu rumo.
Se você forçar uma flor a florescer prematuramente, você a destruirá. Ela cresce com sua própria inteligência, com sua própria direção de auto-organização.
A mentalidade egóica que foca no mundo exterior é que impede você de experimentar sua verdadeira natureza vibratória interior.
Quando a consciência é voltada para dentro, ela se assemelha aos raios do Sol e a lótus interior começa a crescer.
Conforme a Kundalini desperta em nosso interior, começamos a perceber os sinais da espiral em todas as coisas. Em todos os padrões internos e externos. Essa espiral é o elo entre nossos mundos internos e nossos mundos externos.
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Akasha

No início havia o Logos, o OM primordial, o Pai, o Deus Imanifestado, o Big Bang... este último, o nome que a ciência humana escolheu para descrever uma teoria que diz que o universo se espiralou de um ponto inimaginavelmente quente e denso, chamado de Singularidade, mas sem saber explicar o porquê ou como isso ocorreu... mas quanto mais misterioso algo é, mais desperta a curiosidade e mais assumimos que o conhecemos.
A Teoria do Big Bang acreditava que a gravidade eventualmente atrasaria a expansão do universo ou mesmo contrairia o universo numa enorme compactação. No entanto, imagens geradas pelo telescópio espacial Hubble, mostram que a expansão do universo parece estar, na verdade, acelerando. Expandindo-se cada vez mais rápido e crescendo...
Isto porque, por acaso, descobriu-se que existe mais massa no universo do que os físicos previam. E massa nada mais é que energia condensada de baixa vibração. Ao explicar sobre a massa encontrada, os físicos teóricos agora dizem que o universo é formado por apenas 4% de matéria atômica – ou o que chamamos de matéria normalmente. Outros 23% do universo é feito de matéria escura e 73% daquilo que agora chamam de energia escura – aquilo que acreditávamos ser espaço vazio, mas que é como um sistema nervoso invisível que percorre todo o universo, conectando todas as coisas.
O que agora chamam de energia escura - algo que os cientistas desconhecem inteiramente, exceto teoricamente por equações desenvolvidas viabilizar a massa existente juntamente com a matéria escura - é o que as tradições antigas chamam de Deus-Pai ou Deus Imanifestado, Yang, princípio positivo. E quanto a matéria escura, seria o Deus-Mãe ou Deus Manifestado, Yin, princípio negativo e os 4% de matéria o Deus-Filho ou Manifestação.
Antigos ensinamentos védicos ensinavam via Nada Brahma, que o universo é vibração. Esse campo vibratório é a raiz de toda real experiência espiritual e científica. É o mesmo campo energético que os santos, budas, iogues, místicos, padres, xamãs e videntes observam ao olharem dentro de si mesmos.
Já foi chamado também de Akasha, a Rede de Joias de Indra, a Música das Esferas e muitos outros nomes ao longo da história da humanidade. É a raiz comum de todas as religiões.
Nichola Tesla, cientista sérvio-americano, considerado o homem que inventou o século XX, foi o responsável pela descoberta da eletricidade como é hoje, a corrente alternada, além muitas outras invenções que fazem parte de nossa vida diária atual.
Tesla tinha interesse pelas antigas tradições védicas e, como cientista, tinha uma posição única, ao compreender a ciência através de modelos que juntavam as tradições orientais e ocidentais. Como todo cientista, observava os mistérios do mundo exterior, mas, diferentemente, também buscava o entendimento dentro de si mesmo. Assim como os iogues, ele usava o termo Akasha para descrever a impressão eletromagnética etérea que se estende através de todas as coisas. Tesla estudou com Swami Vivekananda, um iogue que trouxe antigos ensinamentos da Índia ao ocidente.
É nossa criatividade e capacidade de reconhecimento de padrões o elo entre o microcosmo e o macrocosmo. O mundo atemporal das ondas e o mundo sólido das coisas. Criamos a ilusão da solidez, das coisas ao rotulá-las, ao dar nomes e significados a elas. Ao dar um nome ou um significado, um rótulo qualquer, você nega todas as outras infinitas possibilidades que ela poderia se tornar. Você trancafia a partícula, tornando-a uma coisa, prendendo-a, mas, ao mesmo tempo, você a está criando, definindo sua existência no mundo das formas. A criatividade é nossa capacidade mais elevada. Com a criação das coisas, vem o tempo, o qual cria a ilusão de solidez no espaço.
Einstein foi ao primeiro cientista a perceber que o que outros pensavam ser o espaço vazio não é o nada, o vácuo... este espaço tem suas propriedades e, intrinsecamente à natureza do espaço, esse espaço possui uma incalculável quantidade de energia.
Buda cunhou outro termo para essa substância primária: chamou-a de kalapas, pequenas ondas, pequenas partículas que aparecem e desaparecem trilhões de vezes por segundo. Exatamente como o observado hoje em dia quanto aos elétrons pela ciência – eles parecem aparecer e desaparecer...
A realidade é, de certa forma, como uma série de quadros numa câmera holográfica, movendo-se rapidamente, criando a ilusão da continuidade. Quando a mente permanece completamente imóvel, a ilusão é compreendida, pois é a própria mente que gera a ilusão.
As antigas tradições orientais compreendiam, há milhares de anos, que tudo é vibração... a vida é vibração.
Nada Brahma: “O universo é som”. A palavra “Nada” significa som ou vibração e “Brahma” é o nome de Deus. Brahma é, ao mesmo tempo, É o universo e É o Criador. O artista e sua obra são inseparáveis.
No Upanixade, um dos mais antigos registros do ser humano na Índia antiga, está escrito: “Brahma, o Criador, sentado em sua Flor de Lótus, abre seus olhos e o mundo vem a existir. Brahma fecha os seus olhos e o mundo deixa de existir”.
Místicos da antiguidade, iogues e videntes, sustentaram a ideia de que existe um campo energético na base da consciência. O Campo Akáshico ou os Registros Akáshicos, onde ficam armazenadas todas as informações, toda a experiência, do passado, do presente e do futuro, num eterno presente, existe agora e sempre.
Interessante notar que nossos cientistas atuais dizem que o universo parece mais um grande pensamento, uma consciência superior... E esse pensamento, essa consciência se alimenta de todas as partes que o compõe. E cada vez mais as formas de vida e suas consciências alimentam essa consciência superior de informações, garantindo sua expansão acelerada e ilimitada.
É desse Campo Akáshico ou Registro Akáshico, deste registro ou matriz, que todas as coisas surgem, desde as partículas subatômicas até as galáxias, estrelas, planetas e toda a vida. Não se pode ver tudo em sua totalidade, pois ela é feita de camadas e mais camadas de vibrações e está constantemente mudando, trocando informações com o Akasha.
Nas tradições indígenas de várias partes do mundo é dito que todas as coisas possuem um espírito, o que é outra forma de dizer que tudo está conectado à fonte vibratória original. Existe um campo, uma consciência, uma força que se move através de tudo. Este campo não está ocorrendo ao seu redor, mas através de você, acontecendo com você. Eles dizem:
Você é o “você” no universo. Você é os olhos através dos quais a criação vê a si mesma. Quando acorda de um sonho, compreende que tudo no sonho era você. Você estava criando-o. Não é diferente no que chamamos de “vida real”. Cada um e cada pessoa é você. A consciência una observando através de todos os olhos, debaixo de cada pedra, dentro de cada partícula.
Pesquisadores internacionais do Cern (antigo acrônimo para Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), hoje chamado de Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Organisation Européenne pour la Recherche Nucléaire), o maior laboratório de física de partículas do mundo, estão em busca de comprovações científicas (pela metodologia do trabalho científico, é claro) do campo energético que se estende por todas as coisas observadas. Mas, ao invés de procurarem internamente, estão procurando no mundo físico externo. Estes pesquisadores anunciaram que encontraram o Bóson de Higgs ou a Partícula de Deus. Os experimentos do Bóson de Higgs provam cientificamente que um campo de energia invisível preenche o vácuo do espaço.
O modelo padrão científico, limitado, não consegue explicar como as partículas conseguem sua massa. Tudo parece ser feito de vibração, mas não há “algo” sendo vibrado. É como se houvesse uma dançarina invisível, uma sombra dançando, escondida no balé do universo. Todos os outros dançarinos sempre dançaram ao redor dessa dançarina escondida.
Observamos a coreografia da dança, mas até agora não conseguimos ver essa dançarina. A ciência se aproxima do limiar entre a consciência e a matéria. O olho que enxergamos o campo primordial e o olho que este campo nos olha é o mesmo olho e um só. O princípio que anima o universo é descrito na maioria das religiões usando palavras que refletem a compreensão daquele período da história.
Na linguagem Inca, o maior Império da América Pré-Colombiana, a palavra para “corpo humano” era “alpa camasca”, que significa, literalmente, a “terra animada”.
Na Kaballah, ou misticismo judaico, falam sobre o nome divino de Deus. O nome não pode ser pronunciado, pois é uma vibração que está em tudo. É um nome que é todas as palavras, toda a matéria. Tudo é a palavra sagrada.
As civilizações antigas sabiam que a estrutura do universo era a forma do tetraedro. A partir dessa forma, a natureza exibe um impulso fundamental em base de equilíbrio: Shiva. Embora, ao mesmo tempo, demonstre um impulso fundamental em busca da mudança: Shatki.
Na Bíblia, no evangelho de João, encontramos: “No princípio era o Verbo”. Mas, o texto original, o termo usado era “Logos”.
O filósofo grego Heráclito, que viveu cerca de 500 anos antes de Cristo, referiu-se ao Logos como algo fundamentalmente incognoscível. A origem de toda a repetição, forma e padrão. Um princípio inspirador divino que impregna o universo.
No Sufismo, o Logos está em todos os lugares e em todas as coisas. Está naquilo que torna o Imanifesto, em Manifesto.
Na tradição Budista, o “Bodhisattva” é uma pessoa com sua natureza de Buda desperta. Um Bodhisattva se compromete a ajudar no despertar de cada ser no universo, compreendendo que existe apenas uma consciência. Então, para despertar seu verdadeiro Eu, é preciso despertar todos os seres.
Existem incontáveis seres inconscientes no universo.
Me comprometo a ajudar a todos em seu despertar.
Minhas imperfeições são inesgotáveis.
Me comprometo a superá-las todas.
O Dharma é incognoscível.
Me comprometo a conhecê-lo.
O caminho do despertar é inalcançável.
Eu me comprometo a alcançá-lo.
P.S. Este artigo é retirado deste vídeo abaixo, com pequenos
adendos e alterações que complementei e que pode ser visto com close caption em português.
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