quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Akasha

No início havia o Logos, o OM primordial, o Pai, o Deus Imanifestado, o Big Bang... este último, o nome que a ciência humana escolheu para descrever uma teoria que diz que o universo se espiralou de um ponto inimaginavelmente quente e denso, chamado de Singularidade, mas sem saber explicar o porquê ou como isso ocorreu... mas quanto mais misterioso algo é, mais desperta a curiosidade e mais assumimos que o conhecemos.
A Teoria do Big Bang acreditava que a gravidade eventualmente atrasaria a expansão do universo ou mesmo contrairia o universo numa enorme compactação. No entanto, imagens geradas pelo telescópio espacial Hubble, mostram que a expansão do universo parece estar, na verdade, acelerando. Expandindo-se cada vez mais rápido e crescendo...
Isto porque, por acaso, descobriu-se que existe mais massa no universo do que os físicos previam. E massa nada mais é que energia condensada de baixa vibração. Ao explicar sobre a massa encontrada, os físicos teóricos agora dizem que o universo é formado por apenas 4% de matéria atômica – ou o que chamamos de matéria normalmente. Outros 23% do universo é feito de matéria escura e 73% daquilo que agora chamam de energia escura – aquilo que acreditávamos ser espaço vazio, mas que é como um sistema nervoso invisível que percorre todo o universo, conectando todas as coisas.
O que agora chamam de energia escura - algo que os cientistas desconhecem inteiramente, exceto teoricamente por equações desenvolvidas viabilizar a massa existente juntamente com a matéria escura - é o que as tradições antigas chamam de Deus-Pai ou Deus Imanifestado, Yang, princípio positivo. E quanto a matéria escura, seria o Deus-Mãe ou Deus Manifestado, Yin, princípio negativo e os 4% de matéria o Deus-Filho ou Manifestação.
Antigos ensinamentos védicos ensinavam via Nada Brahma, que o universo é vibração. Esse campo vibratório é a raiz de toda real experiência espiritual e científica. É o mesmo campo energético que os santos, budas, iogues, místicos, padres, xamãs e videntes observam ao olharem dentro de si mesmos.
Já foi chamado também de Akasha, a Rede de Joias de Indra, a Música das Esferas e muitos outros nomes ao longo da história da humanidade. É a raiz comum de todas as religiões.
Nichola Tesla, cientista sérvio-americano, considerado o homem que inventou o século XX, foi o responsável pela descoberta da eletricidade como é hoje, a corrente alternada, além muitas outras invenções que fazem parte de nossa vida diária atual.
Tesla tinha interesse pelas antigas tradições védicas e, como cientista, tinha uma posição única, ao compreender a ciência através de modelos que juntavam as tradições orientais e ocidentais. Como todo cientista, observava os mistérios do mundo exterior, mas, diferentemente, também buscava o entendimento dentro de si mesmo. Assim como os iogues, ele usava o termo Akasha para descrever a impressão eletromagnética etérea que se estende através de todas as coisas. Tesla estudou com Swami Vivekananda, um iogue que trouxe antigos ensinamentos da Índia ao ocidente.
É nossa criatividade e capacidade de reconhecimento de padrões o elo entre o microcosmo e o macrocosmo. O mundo atemporal das ondas e o mundo sólido das coisas. Criamos a ilusão da solidez, das coisas ao rotulá-las, ao dar nomes e significados a elas. Ao dar um nome ou um significado, um rótulo qualquer, você nega todas as outras infinitas possibilidades que ela poderia se tornar. Você trancafia a partícula, tornando-a uma coisa, prendendo-a, mas, ao mesmo tempo, você a está criando, definindo sua existência no mundo das formas. A criatividade é nossa capacidade mais elevada. Com a criação das coisas, vem o tempo, o qual cria a ilusão de solidez no espaço.
Einstein foi ao primeiro cientista a perceber que o que outros pensavam ser o espaço vazio não é o nada, o vácuo... este espaço tem suas propriedades e, intrinsecamente à natureza do espaço, esse espaço possui uma incalculável quantidade de energia.
Buda cunhou outro termo para essa substância primária: chamou-a de kalapas, pequenas ondas, pequenas partículas que aparecem e desaparecem trilhões de vezes por segundo. Exatamente como o observado hoje em dia quanto aos elétrons pela ciência – eles parecem aparecer e desaparecer...
A realidade é, de certa forma, como uma série de quadros numa câmera holográfica, movendo-se rapidamente, criando a ilusão da continuidade. Quando a mente permanece completamente imóvel, a ilusão é compreendida, pois é a própria mente que gera a ilusão.
As antigas tradições orientais compreendiam, há milhares de anos, que tudo é vibração... a vida é vibração.
Nada Brahma: “O universo é som”. A palavra “Nada” significa som ou vibração e “Brahma” é o nome de Deus. Brahma é, ao mesmo tempo, É o universo e É o Criador. O artista e sua obra são inseparáveis.
No Upanixade, um dos mais antigos registros do ser humano na Índia antiga, está escrito: “Brahma, o Criador, sentado em sua Flor de Lótus, abre seus olhos e o mundo vem a existir. Brahma fecha os seus olhos e o mundo deixa de existir”.
Místicos da antiguidade, iogues e videntes, sustentaram a ideia de que existe um campo energético na base da consciência. O Campo Akáshico ou os Registros Akáshicos, onde ficam armazenadas todas as informações, toda a experiência, do passado, do presente e do futuro, num eterno presente, existe agora e sempre.
Interessante notar que nossos cientistas atuais dizem que o universo parece mais um grande pensamento, uma consciência superior... E esse pensamento, essa consciência se alimenta de todas as partes que o compõe. E cada vez mais as formas de vida e suas consciências alimentam essa consciência superior de informações, garantindo sua expansão acelerada e ilimitada.
É desse Campo Akáshico ou Registro Akáshico, deste registro ou matriz, que todas as coisas surgem, desde as partículas subatômicas até as galáxias, estrelas, planetas e toda a vida. Não se pode ver tudo em sua totalidade, pois ela é feita de camadas e mais camadas de vibrações e está constantemente mudando, trocando informações com o Akasha.
Nas tradições indígenas de várias partes do mundo é dito que todas as coisas possuem um espírito, o que é outra forma de dizer que tudo está conectado à fonte vibratória original. Existe um campo, uma consciência, uma força que se move através de tudo. Este campo não está ocorrendo ao seu redor, mas através de você, acontecendo com você. Eles dizem:
Você é o “você” no universo. Você é os olhos através dos quais a criação vê a si mesma. Quando acorda de um sonho, compreende que tudo no sonho era você. Você estava criando-o. Não é diferente no que chamamos de “vida real”. Cada um e cada pessoa é você. A consciência una observando através de todos os olhos, debaixo de cada pedra, dentro de cada partícula.
Pesquisadores internacionais do Cern (antigo acrônimo para Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), hoje chamado de Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Organisation Européenne pour la Recherche Nucléaire), o maior laboratório de física de partículas do mundo, estão em busca de comprovações científicas (pela metodologia do trabalho científico, é claro) do campo energético que se estende por todas as coisas observadas. Mas, ao invés de procurarem internamente, estão procurando no mundo físico externo. Estes pesquisadores anunciaram que encontraram o Bóson de Higgs ou a Partícula de Deus. Os experimentos do Bóson de Higgs provam cientificamente que um campo de energia invisível preenche o vácuo do espaço.
O modelo padrão científico, limitado, não consegue explicar como as partículas conseguem sua massa. Tudo parece ser feito de vibração, mas não há “algo” sendo vibrado. É como se houvesse uma dançarina invisível, uma sombra dançando, escondida no balé do universo. Todos os outros dançarinos sempre dançaram ao redor dessa dançarina escondida.
Observamos a coreografia da dança, mas até agora não conseguimos ver essa dançarina. A ciência se aproxima do limiar entre a consciência e a matéria. O olho que enxergamos o campo primordial e o olho que este campo nos olha é o mesmo olho e um só. O princípio que anima o universo é descrito na maioria das religiões usando palavras que refletem a compreensão daquele período da história.
Na linguagem Inca, o maior Império da América Pré-Colombiana, a palavra para “corpo humano” era “alpa camasca”, que significa, literalmente, a “terra animada”.
Na Kaballah, ou misticismo judaico, falam sobre o nome divino de Deus. O nome não pode ser pronunciado, pois é uma vibração que está em tudo. É um nome que é todas as palavras, toda a matéria. Tudo é a palavra sagrada.
As civilizações antigas sabiam que a estrutura do universo era a forma do tetraedro. A partir dessa forma, a natureza exibe um impulso fundamental em base de equilíbrio: Shiva. Embora, ao mesmo tempo, demonstre um impulso fundamental em busca da mudança: Shatki.
Na Bíblia, no evangelho de João, encontramos: “No princípio era o Verbo”. Mas, o texto original, o termo usado era “Logos”.
O filósofo grego Heráclito, que viveu cerca de 500 anos antes de Cristo, referiu-se ao Logos como algo fundamentalmente incognoscível. A origem de toda a repetição, forma e padrão. Um princípio inspirador divino que impregna o universo.
No Sufismo, o Logos está em todos os lugares e em todas as coisas. Está naquilo que torna o Imanifesto, em Manifesto.
Na tradição Budista, o “Bodhisattva” é uma pessoa com sua natureza de Buda desperta. Um Bodhisattva se compromete a ajudar no despertar de cada ser no universo, compreendendo que existe apenas uma consciência. Então, para despertar seu verdadeiro Eu, é preciso despertar todos os seres.
Existem incontáveis seres inconscientes no universo.
Me comprometo a ajudar a todos em seu despertar.
Minhas imperfeições são inesgotáveis.
Me comprometo a superá-las todas.
O Dharma é incognoscível.
Me comprometo a conhecê-lo.
O caminho do despertar é inalcançável.
Eu me comprometo a alcançá-lo.
P.S. Este artigo é retirado deste vídeo abaixo, com pequenos
adendos e alterações que complementei e que pode ser visto com close caption em português.
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