quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Para fazer amor

Para fazer amor, dispa-se.... faça nú!
Tire suas roupagens, coloque de lado chaves e cartões...
Esqueça seus títulos, status, seus diplomas...
Esqueça das imperfeições de seu corpo...
Afinal vai se relacionar com outra pessoa.

Para fazer amor, descasque-se... mostre sua alma!
Desfaça-se de seus medos, culpas e desilusões...
Esvazie sua mente e apure seus sentidos...
Tato, visão, olfato, paladar e ouça com atenção...
E, assim, abra seu coração.

Para fazer amor, seja inteiro!
Compartilhe todos os seus corpos...
Reconheça e descubra sua parceira....
Esvazie-se para se preencher de seu amor...

Até sobrar apenas uma deliciosa paz serena...
Um equilíbrio de uma enorme troca divinamente humana...
E sinta que não precisa negar o divino para ser humano...
Nem deixar de ser humano para ser divino...
Ao fazer amor, seja apenas Um...

No Amor.

Não falta amor


Não falta amor, falta amar!


Falta cumplicidade, falta companheirismo, falta se colocar no lugar do outro, falta sinceridade no que se sente e, principalmente, no que se diz. 


Falta saber ouvir e, mais do que ouvir, falta saber compreender, saber entender... falta respeito. 

Não falta amor, falta renunciar! 


Falta abrir mão da gente pelo outro, falta colocar a felicidade do outro em primeiro lugar, falta amar o outro como a nós mesmo, falta praticar o amor, não em palavras, mas em ações.


Não falta amor, falta permissão!


Falta a gente se deixar levar e sentir, sentir todos os sentimentos bons, de todas as formas possíveis, falta a gente perder o medo, falta coragem. 


Não falta amor, falta disposição!

Falta gente que faz de tudo por quem se ama.


Não falta amor, falta saber amar...

A Importância do Saber Ouvir


Para se ouvir alguém e compreender, é preciso saber se calar.


Calar a boca, calar a mente e se preparar para ouvir.


Afinal, algo de novo e desconhecido está para acontecer, mesmo sendo uma repetição.


Se calar é antes de mais nada um ato de humildade, de reconhecimento da importância do que está para ser ouvido.


É preciso se preparar para não receber as palavras a serem ditas de forma equivocada.


Tentar compreender em profundidade o interlocutor é, por si só, uma evolução ao ouvinte.


Ouvir verdadeiramente é um ato de boa vontade para consigo mesmo.


Cada pessoa que chega até nós para falar tem uma importante mensagem para nós mesmos e merece nosso respeito.


Não importa o que vai ser ouvido.


Se chegou até Vc., é importante que Vc. tente dissecar cada palavra e a emoção nela sentida, para compreender os por quês do mensageiro ter sido enviado.


Por isso, quando alguém disser a Vc. "sou todo ouvidos", dê valor a essa pessoa e, pelo menos tente dizer algo que seja necessário, preciso e dócil.

A Pequena Alma e o Sol

Era uma vez, em tempo nenhum, uma Pequena Alma que disse a Deus:
- Eu sei quem sou! E Deus disse:
- Que bom! Quem és tu? E a Pequena Alma gritou:
- Eu sou Luz. E Deus sorriu.
- É isso mesmo! - exclamou Deus. - Tu és Luz!
A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas do Reino deveriam descobrir.
- Uauu, isto é mesmo bom! - disse a Pequena Alma.
Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe chegava. A pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era. Então foi ter com Deus (o que não é má ideia para qualquer alma que queira ser Quem Realmente É), e disse:
- Olá Deus! Agora que sei Quem Sou, posso sê-lo? E Deus disse:
- Quer dizer que queres ser Quem já És?
- Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é sê-lo mesmo. Quero sentir como é ser a Luz! - respondeu a pequena Alma.
- Mas tu já és Luz - repetiu Deus, sorrindo outra vez.
- Sim, mas quero senti-lo! - gritou a Pequena Alma.
- Bem, acho que já era de esperar. Tu sempre fôste aventureira - disse Deus com uma risada. Depois a sua expressão mudou.
- Há só uma coisa…
- O quê? - perguntou a Pequena Alma.
- Bem, não há nada para além da Luz. Porque eu não criei nada para além daquilo que tu és; por isso, não vai ser fácil experimentares-te como Quem És, porque não há nada que tu não sejas.
- Hã? - disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa.
- Pensa assim: tu és como uma vela ao Sol. Estás lá sem dúvida. Tu e mais milhões, zilhões de outras velas que constituem o Sol. E o Sol não seria o Sol sem vocês. Não seria um sol sem uma das suas velas… e isso não seria de todo o Sol, pois não brilharia tanto. E no entanto, como podes conhecer-te como a Luz quando estás no meio da Luz - eis a questão.
- Bem, tu és Deus. Pensa em alguma coisa! - disse a Pequena Alma mais animada. Deus sorriu novamente.
- Já pensei. Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão - disse Deus.
- O que é a escuridão? perguntou a Pequena Alma.
- É aquilo que tu não és - replicou Deus.
- Eu vou ter medo do escuro? - choramingou a Pequena Alma.
- Só se o escolheres. Na verdade não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim o decidas. Porque estamos inventando tudo. Estamos fingindo.
- Ah! - disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor.
Depois Deus explicou que, para se experimentar o que quer que seja, tem de aparecer exatamente o oposto.
- É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é - disse Deus - Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem o Lento. Não poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois. E por isso, - continuou Deus - quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a voz para amaldiçoar a escuridão. Sê antes uma Luz na escuridão, e não fiques furiosa com ela. Então saberás Quem Realmente És, e os outros também o saberão. Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos saibam como és especial!
- Então posso deixar que os outros vejam que sou especial? - perguntou a Pequena Alma.
- Claro! - Deus riu-se. - Claro que podes! Mas lembra-te de que “especial” não quer dizer “melhor”! Todos são especiais, cada qual à sua maneira! Só que muitos esqueceram-se disso. Esses apenas vão ver que podem ser especiais quando tu vires que podes ser especial!
- Uau - disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando. - Posso ser tão especial quanto quiser!
- Sim, e podes começar agora mesmo - disse Deus, também dançando e saltando e rindo e pulando juntamente com a Pequena Alma
- Que parte de especial é que queres ser?
- Que parte de especial? - repetiu a Pequena Alma. - Não estou a perceber.
- Bem, - explicou Deus - ser a Luz é ser especial, e ser especial tem muitas partes. É especial ser bondoso. É especial ser delicado. É especial ser criativo. É especial ser paciente. Conheces alguma outra maneira de ser especial?
A Pequena Alma ficou em silêncio por um momento.
- Conheço imensas maneiras de ser especial! - exclamou a Pequena Alma - É especial ser prestável. É especial ser generoso. É especial ser simpático. É especial ser atencioso com os outros.
- Sim! - concordou Deus - E tu podes ser todas essas coisas, ou qualquer parte de especial que queiras ser, em qualquer momento. É isso que significa ser a Luz.
- Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! - proclamou a Pequena Alma com grande entusiasmo. - Quero ser a parte de especial chamada “perdão”. Não é ser especial alguém que perdoa?
- Ah, sim, isso é muito especial, assegurou Deus à Pequena Alma.
- Está bem. É isso que eu quero ser. Quero ser alguém que perdoa. Quero experimentar-me assim - disse a Pequena Alma.
- Bom, mas há uma coisa que devias saber. - disse Deus.
A Pequena Alma já começava a ficar um bocadinho impaciente. Parecia haver sempre alguma complicação.
- O que é? - suspirou a Pequena Alma.
- Não há ninguém a quem perdoar.
- Ninguém? A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido.
- Ninguém! - repetiu Deus. Tudo o que Eu fiz é perfeito. Não há uma única alma em toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha à tua volta.
Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que se tinha aproximado. Outras almas tinham vindo de todos os lados , de todo o Reino, porque tinham ouvido dizer que a Pequena Alma estava a ter uma conversa extraordinária com Deus, e todas queriam ouvir o que eles estavam a dizer. Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de concordar. Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela. Eram de tal forma maravilhosas, e a sua Luz brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas.
- Então, perdoar quem? - perguntou Deus.
- Bem, isto não vai ter piada nenhuma! - resmungou a Pequena Alma - Eu queria experimentar-me como Aquela que Perdoa. Queria saber como é ser essa parte de especial. E a Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste. Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse:
- Não te preocupes, Pequena Alma, eu vou ajudar-te. - disse a Alma Amiga.
- Vais? - a Pequena Alma animou-se. - Mas o que é que tu podes fazer?
- Ora, posso dar-te alguém a quem perdoares!
- Podes?
- Claro! - disse a Alma Amiga alegremente. - Posso entrar na tua próxima vida física e fazer qualquer coisa para tu perdoares.
- Mas porquê? Porque é que farias isso? - perguntou a Pequena Alma. - Tu, que és um ser tão absolutamente perfeito! Tu, que vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de criar uma Luz de tal forma brilhante que mal posso olhar para ti! O que é que te levaria a abrandar a tua vibração para uma velocidade tal que tornasse a tua Luz brilhante numa luz escura e baça? O que é que te levaria a ti, que danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino à velocidade do pensamento, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de mal?
- É simples. - disse a Alma Amiga. - Faço-o porque te amo.
A Pequena Alma pareceu surpreendida com a resposta.
- Não fiques tão espantada. - disse a Alma Amiga - tu fizeste o mesmo por mim. Não te lembras? Ah, nós já dançamos juntas, tu e eu, muitas vezes. Dançamos ao longo das eternidades e através de todas as épocas. Brincamos juntas através de todo o tempo e em muitos sítios. Só que tu não te lembras. Já fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo, a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau - fomos ambas a vítima e o vilão. Encontramo-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a oportunidade exata e perfeita para Expressar e Experimentar Quem Realmente Somos.
- E assim, - a Alma Amiga explicou mais um bocadinho - eu vou entrar na tua próxima vida física e ser a “má” desta vez. Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes experimentar-te como Aquela Que Perdoa.
- Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível? - perguntou a Pequena Alma, um pouco nervosa.
- Oh, havemos de pensar nalguma coisa - respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.
Então a Alma Amiga pareceu ficar séria, disse numa voz mais calma:
- Mas tens razão acerca de uma coisa, sabes?
- Sobre o quê? - perguntou a Pequena Alma.
- Eu vou ter de abrandar a minha vibração e tornar-me muito pesada para fazer esta coisa não muito boa. Vou ter de fingir ser uma coisa muito diferente de mim. E por isso, só te peço um favor em troca.
- Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres! - exclamou a Pequena Alma, e começou a dançar e a cantar: - Eu vou poder perdoar, eu vou poder perdoar!
Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta.
- O que é? - perguntou a Pequena Alma.
- O que é que eu posso fazer por ti? És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim!
- Claro que esta Alma Amiga é um anjo! - interrompeu Deus, - são todas! Lembra-te sempre: Não te enviei senão anjos.
E então a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga.
- O que é que posso fazer por ti? - perguntou novamente a Pequena Alma.
- No momento em que eu te atacar e atingir, - respondeu a Alma Amiga - no momento em que eu te fizer a pior coisa que possas imaginar, nesse preciso momento…
- Sim? - interrompeu a Pequena Alma
- Sim?
A Alma Amiga ficou ainda mais quieta.
- Lembra-te de Quem Realmente Sou.
- Oh, não me hei-de esquecer! - gritou a Pequena Alma - Prometo! Lembrar-me-ei sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.
- Que bom, - disse a Alma Amiga - porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto, que eu própria me vou esquecer. E se tu não te lembrares de mim tal como eu sou realmente, eu posso também não me lembrar durante muito tempo. E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e ficaremos as duas perdidas. Então, vamos precisar que venha outra alma para nos lembrar às duas Quem Somos.
- Não vamos, não! - prometeu outra vez a Pequena Alma. - Eu vou lembrar-me de ti! E vou agradecer-te por esta dádiva - a oportunidade que me dás de me experimentar como Quem Eu Sou.
E assim o acordo foi feito. E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, entusiasmada por ser a Luz, que era muito especial, e entusiasmada por ser aquela parte especial a que se chama Perdão. E a Pequena Alma esperou ansiosamente pela oportunidade de se experimentar como Perdão, e por agradecer a qualquer outra alma que o tornasse possível.
E, em todos os momentos dessa nova vida, sempre que uma nova alma aparecia em cena, quer essa nova alma trouxesse alegria ou tristeza - principalmente se trouxesse tristeza - a Pequena Alma pensava no que Deus lhe tinha dito:
- Lembra-te sempre, - Deus aqui tinha sorrido - não te enviei senão anjos.


Neale Donald Walsh

Falando de Amor com Força


Não raramente percebo que algumas pessoas confundem amor com passividade, com complacência e até com permissividade. 


Particularmente, quando se fala de filhos ou ainda de relacionamento de casal, encontram justificativas e explicações a esse tipo de relacionamento especial.


Quando isso acontece, é inevitável para mim lembrar das palavras de um Mestre de Sabedoria que uma vez, há muito tempo, me disse:


- Ame... mas ame com força! Amor sem força é libertinagem.


Acho que compreendo melhor hoje o que Ele disse.


Sob o pretexto de amar, não devemos admitir que os próximos tomem atalhos egóicos que só farão prejudicar seus evolutivos e/ou de outros.


A amizade, o respeito e o amor devem permitir que nos expressemos contrários a atitudes negativas. 

Afinal temos todos um papel nas relações: de pais, de parceiros.


Não se trata de julgar: o julgamento teria como consequência a condenação.


Não se trata ainda de impedir: como poderíamos impedir, sem causar, que alguém exercesse seu livre arbítrio?


Trata-se de conversar, mostrar novos caminhos e opções, valorizar a situação em questão, convencer sem se intrometer.


É dificil, eu sei, caminhar por essa linha tênue entre o julgamento e o discernimento.


Mas, temos que admitir, o verdadeiro amor é forte.

Falando de Amor Incondicional

Tanta gente falando de amor que faz pensar...

Fala-se, por exemplo, de amor incondicional.


Mas como podemos nós sequer imaginar o que seria amor incondicional na condição humana? 


Sim, porque somos limitados seres humanos falhos, providos de ego, buscando sensações que satisfaçam nossa condição física e emocional, nessa experiência transitória e situacional que entendemos ser o que chamamos de vida.


Nossa ilusão é tamanha que até mesmo essa palavra "vida" compreendemos como algo que é centrado em nós mesmos, como se o Fluxo de Vida se incomodasse com o que nos afeta ao longo de irrisórios 60, 70 ou 80 anos...


A humildade nos ensinaria a ser mais cautelosos ao falar de amor incondicional. Afinal, aquilo a que chamamos de vida, talvez não passe de uma aulinha no Curso Preparatório do Amor Universal - esse sim, incondicional.


Como entender a universalidade do amor se nada sabemos dos mistérios do Universo e da Vida?
Mas seria importante para nós, em nossa condição atual limitada, falar de amor incondicional ou universal?


Talvez seja, no sentido utópico de vislumbrar, como exercício de imaginação, a perfeição divina.

Precisamos assumir nossas imperfeições para, a partir daí sim, buscar um caminho seguro à divindade do amor.

Precisamos assumir nossa condição egóica e egoística, para construir uma compreensão de que é na divindade da Vida que podemos encontrar paz e felicidade serena.


Precisamos aceitar nossa condição humana para, a partir dela, mudar de comportamento perante o amor. De dentro para fora.


E começando pelo amor pessoal, precisamos aceitar nossos relacionamentos como oportunidades que temos de mudar nosso comportamento.


Acho que é essa a idéia... ao invés de orgulhosamente falarmos de amor incondicional, assumirmos, humidemente, nossa natureza humana e praticarmos, com bons comportamentos, nossos amores pessoais, nossos relacionamentos.


Como numa sala de aula, estudando uma matéria chamada Vida, que tem um Professor chamado Deus, que pacientemente nos ensina a cada dia, com exemplos e atitudes infinitos, o que é o Amor.


Precisamos aprender a amar em nossos relacionamentos, através de bons comportamentos, boas atitudes e desapêgo, para começarmos a entender o que é o amor que satisfaz não ao nosso ego, não a situações criadas, mas antes ao nosso Eu Superior.


Esse, talvez, o exercício, como uma tarefa de casa no lúdico Curso Preparatório do Amor Universal - esse sim, incondicional.