terça-feira, 26 de novembro de 2019

Síntese da Psicoterapia de Um Curso em Milagres

Situação Projetada - “Eu sou uma vítima”
Eu não vejo o mundo como ele é realmente. Ao invés disto, eu projeto de minha mente minhas crenças e interpretações limitadas.
Neste mundo projetado por mim, no qual, através de minha projeção, eu não percebo que eu me vejo com meu “eu inferior”, eu me vejo como uma vítima. Este conceito da vítima é parte da estrutura do pensamento negativo e inclui pensamentos e crenças sobre escassez, ameaças, defesa e ataque, amigos e inimigos e que certos relacionamentos são mais importantes que outros.
Pensamentos Negativos - “Eu separado dos outros”
Quando eu me identifico com meus pensamentos negativos, eu percebo os outros separados de mim.
Com os outros, eu mantenho “relacionamentos especiais”, que são baseados subconscientemente em “contratos”. Contratos que devem ser cumpridos para que os outros sejam dignos do meu amor, contratos que eu mesmo sou obrigado a cumprir a fim de ser digno de amor.
Meu “eu inferior” será dominante reagindo sobre o que está acontecendo, baseado em minhas reações emocionais automáticas, ao invés de agir com base no bom senso e reflexões.
Reações Emocionais - “Impulsos Internos”
Minhas reações emocionais, que acontecem subconscientemente e automaticamente, constituem o que chamamos de “impulsos internos”. Estes impulsos emocionais fazem-me agir automaticamente, por reflexo.
Ainda que alguns reflexos condicionados sejam bons e práticos para a convivência no meio social, muitos deles são baseados em crenças subconscientes de ameaças, escassez e dor. E estas crenças subconscientes frequentemente geram um retorno na mesma moeda e um círculo vicioso se estabelece.
O objetivo consciente e/ou subconsciente para minhas ações é “resolver o problema”, envolvendo e/ou mudando o outro, ao mundo e isto só reforça minha projeção.
Reflexo Condicionado - “Querer mudar o mundo”
Esta é a imagem do “mundo exterior” que acreditamos ser o mundo real ou realidade, mas que é realmente um mundo interno, automático e subconsciente, que projetamos e construímos com base em emoções e pensamentos negativos.
Minhas projeções fazem-me acreditar que eu sou vítima das circunstâncias, que estou só e separado dos outros e, assim, tudo o que acontece leva-me a uma reação emotiva automática.
É assim que construímos nossos impulsos internos que nos fazem reagir controlados por reflexos condicionados.
O foco de minhas ações é mudar o outro, o mundo, o exterior. E isto reforça minha projeção e minha percepção do mundo.
E o círculo vicioso é ativado e eu o sigo cegamente, tal qual um sonâmbulo ou um robô.
E o que podemos fazer?
A chave existe internamente em nosso “Eu Superior”, em nossa porção divina que não julga.
O livre arbítrio nos permite escolher de novo.
Podemos escolher entre os pensamentos negativos, buscando “solução exterior” àquilo que nos incomoda “interiormente” ou podemos perguntar ao nosso “Eu Superior”, nosso ser divino, ao “Espírito Santo”, ao nosso “Guia Interno” por socorro.
“AJUDE-ME A VER ESTA QUESTÃO DE OUTRA FORMA, DIFERENTEMENTE”
Aqui a chave da questão – A opção
Se, antes de permitir meus pensamentos negativos, eu exercer a opção de perguntar ao meu “divino”, isto poderá me levar aos “pensamentos reais”, à “mente superior”, à “realidade divina”. E isto fará com que se quebre um ciclo vicioso dos pensamentos negativos – reações emocionais – reflexos condicionados – projeções do mundo ou da mente.
A opção é possibilitar, pelo poder da Vontade, exercida pelo livre arbítrio, o “Pensamento Real”, espiritualizado, divino do “Eu Superior”.
No plano da mente superior, divinizado, os pensamentos verdadeiros substituem os pensamentos negativos do ego ou eu inferior. E neste plano ou estado mental, o “eu separado do outro” torna-se “nós”, com o conceito divina da Unicidade.
A Unicidade substitui minhas reações físicas, racionais e emocionais inferiores e automáticas com o novo tipo de emoção vinda do coração: o amor. A amorosidade conecta-me com minha porção divina e com minha sabedoria interior.
Esta “emoção superior” propicia-me acessar o que “Eu Sou” - o Amor. É essa amorosidade que torna o perdão acessível e natural. A amorosidade inspira-nos, o que nos dá acesso ao nosso guia interior, que nos conduz às ações superiores.
O perdão é inspirador e as ações controladas e dirigidas.
Quando eu me permito ser levado pelo meu coração, pela amorosidade, pelo meu “eu superior” ou “guia interno”, eu me abro à possibilidade dos “milagres”.
Abre-se a oportunidade então para os outros agirem de forma diferente, para as soluções aos problemas aparecerem e para que o debate e as lutas tornem-se diálogos.
O milagre, como um bom instrumento de aprendizado, ajuda-me e aos outros na “Visão da Realidade UNA”. E é esta visão que faz-me reconhecer quem eu sou realmente. Um ser humano livre, com o poder inerente de criar minha própria vida e realidade. E isto completa o círculo interior, como inevitável resultado da ESCOLHA DA OPÇÃO, que me levou ao pensamento superior verdadeiro, às minhas emoções superiores, ações controladas e a uma Visão Real de mim mesmo e dos outros como UM SÓ.
Este estado interior fará com que eu possa experienciar a UNICIDADE com todos, dando-me acesso à inspirações e me ajudará ao PERDÃO, o que propiciará que os milagres aconteçam.
Sendo um operador de milagres, você se torna um cocriador de um novo mundo.
E, desta forma, a visão enegrecida, esfumaçada de minhas projeções de mundo se dissiparão e passarei a experienciar o “mundo real” como ele é, sem minhas interpretações, significados, meus sentimentos e sem minha imagem
projetada.

Prosperidade

É comum vermos cursos, empresas, palestras, livros de auto-ajuda vendendo soluções para a prosperidade, abundância, riqueza material mesmo, como se fosse uma fórmula mental, uma receita de bolo que pode ser passada por alguém a outrem.
Deveria causar estranhamento tratar-se do tema relacionando prosperidade com bens materiais, o que, creio, não é equilibrado já que diferentes pessoas têm diferentes objetivos e caminhos, diferentes propósitos de vida, dando significados e pesos diferentes a bens, razão ou emoções, angústias e dores.
Alguns ainda creem que prosperidade, dentro do escopo materialista, é assunto a ser tratado pela espiritualidade, citando inclusive Mestres, como Sidharta Gautama, o Buda, criador do "Caminho do Meio", mas sem destacarem o fato de que essa filosofia tem por base alinhamento consigo mesmo e meditações profundas antes de alcançarem tal nível de equilíbrio. E, talvez, o fruto venha não do aumento de bens ou renda, mas do controle da personalidade, do ego, o que resulta no mesmo: desapego e prosperidade.
Há diferentes planos de manifestação da prosperidade: físico-material, emocional, mental e espiritual. E o fato de não se estar tendo abundância material não tem nenhuma correlação direta com sucesso. Talvez tenha maior relação com aquilo que o indivíduo deseja, anseia e busca... coisas do ego.
É certo que nós, ocidentais, ainda que não sejamos cristãos, carregamos a crença judaísta de Moisés quanto sacrifícios e privações, tão largamente difundidas no Velho Testamento. É o inconsciente coletivo religioso, alimentado ainda por uma sociedade competitiva, concorrente, consumista, que não aprendeu a compartilhar.
As interpretações humanas e limitadas dos ensinamentos bíblicos, creem no pecado, num deus julgador, que gera culpas e, dessas culpas, advém o medo. A culpa passada gera um futuro de medo.
E é ainda assim hoje em dia, pelo medo, que diversas religiões se proliferam como vírus. Somente nos últimos 25 anos mais de 30.000 seitas novas se apresentaram para resolverem os problemas humanos, quer seja de seus líderes como de seus seguidores, deixando de lado as questões do divino, mas acrescentando crenças nem sempre muito éticas.
A origem da busca desenfreada pela prosperidade material é a segurança. E a segurança é originada no medo. Há pessoas que passam uma vida toda se planejando para um futuro seguro, mas quando ele chega, sentem um vazio enorme. Isso seria a prosperidade buscada?
Imita antes a natureza... ela é próspera e sábia por apenas aceitar e seguir as leis divinas sem resistência.
Talvez não hajam pecados, erros ou enganos, mas oportunidades... Se assim for, quando pedimos paciência em nossas orações, talvez Deus nos presenteie com oportunidades de desenvolvermos a nossa paciência. Se pedimos coragem, Deus nos daria coragem ou a oportunidade de, vencendo o medo, sermos mais corajosos? Parece-me mais valoroso pensar nas oportunidades.
Creio que prosperidade é um conceito que faça mais sentido em ser pensado como felicidade, harmonia, paz interior e superação pessoal em qualquer nível. Aí a prosperidade se alinharia à Lei de Evolução.
Talvez o próspero seja aquele que tenha muito a dar... Particularmente amor.

Lidando com a Infelicidade

Quando nos percebemos infelizes, cabe uma reflexão: Estou infeliz porque sou afetado, sinto-me ameaçado ou ofendido pelo que a pessoa diz ou fez (coisas do ego) ou estou infeliz pela percepção enganada dessa pessoa em forma de agressão ou acusação contra mim, o que pode me entristecer por ela, mas não me afeta (discernimento)?
Em qualquer dessas formas, ser ou não ser infeliz está em suas mãos, não depende de ninguém.
Um humano torna-se realmente humano quando reconhece seu protagonismo em sua vida, com responsabilidade total – é responsável pelo que quer que seja. Isso é individualidade e integralidade.
Ninguém, nenhuma outra força, está fazendo nada a você.
É você, com você mesmo.
A maioria das pessoas não se assumem inteiras, íntegras em seus enganos e confusões, preferindo ficar responsabilizando as demais por seus infortúnios e angústias.
Vivem perdidas em explicações e justificativas que não convencem, preferem concorrer e acusar e julgar, julgando ao exterior porque acreditam em culpas. E porque não conseguem se assumir.
Desgastam-se e perdem tempo precioso tentando fazer um engano próprio parecer menos enganoso aos olhos alheios... e normalmente se vitimam. E isso em nada pode resolver a angústia. Pelo contrário, apenas exagera e dramatiza a situação, deixando-a longe dos fatos.
Haverá sempre alguém bonzinho pronto para te escutar e compreender e isso alimenta tanto ao seu ego vitimista quanto ao ego bonzinho. As pessoas chamam a isso de amizade, mas não é verdadeiro.
É preciso romper com tais crenças que nos aprisionam. E não é preciso esperar, postergar. Não é questão tempo, mas de consciência, de correção da mente.
Tememos parar de ser infeliz porque nos sentiremos muito sozinhos, perderemos nossa maior companhia - aqueles que ouvem nossos dramas para se perceberem bonzinhos.
E a infelicidade vira nossa sombra – nos segue por toda a parte.
É chegada a hora de se libertar da infelicidade, de se deixar afetar por tudo e por todos e por qualquer situação.
É preciso coragem. É preciso se amar mais... Amor próprio.

Tempo...

Como parar o tempo... Beije.
Como viajar no tempo... Leia.
Como fugir do tempo... Música.
Como sentir o Tempo... Escreva
Como se libertar do tempo... Respire...

Zona de Conforto

As mentiras que contamos a nós mesmos para não sair da zona de conforto:
1. “Eu não tenho por que fazer”
É verdade, ninguém pode empurrá-lo para fora de sua zona de conforto e você não é obrigado a sair, mas se você ficar dentro da caixinha, não irá crescer.
Lembre-se que não evoluímos simplesmente pelo passar dos anos, mas pelos os desafios que enfrentamos.
Quando você pensa em um projeto que representa um grande desafio e, de repente, sua voz interior lhe diz que você não tem porque fazer, em realidade o que você está expressando é uma resistência à mudança, porque uma parte de você deseja que fique dentro dos limites do conhecido.
No entanto, se você pensar que não há nenhuma razão para realizar algo novo, lembre-se que simplesmente fato de crescer e descobrir, são razões mais que suficientes.
2. “Não é o momento certo”
Condições perfeitas para empreender algo raramente ocorrem, mas para perseguir um sonho significa lutar contra o vento e a maré, criando condições ao longo do caminho.
Quando você diz a si mesmo que não é o momento certo, você está ativando o medo, provavelmente um intenso medo do fracasso inoculado em você desde a infância.
Claro, não se trata de se lançar-se a uma aventura sem avaliar os prós e contras, mas se nós realmente queremos alçar voo, devemos ser conscientes que não podemos ficar parados, precisamos ir em pequenos passos.
E quando percebermos já estamos caminhando melhor.
3. “Vou começar quando …”
Esta é uma das desculpas mais comuns para ficar seguro em nossa zona de conforto. Na prática, é o engano perfeito, porque não estamos desistindo do sonho ou do projeto que temos em mente, mas apenas colocando-o de lado até que determinada situação ocorre.
O problema é que essa desculpa leva diretamente a procrastinação, por isso é provável que quando a condição da demanda for atendida, criaremos outra, e mais outras.
Desta forma, mantemos a esperança viva, mas ao mesmo tempo, temos que trabalhar duro para tornar esse sonho uma realidade.
4. “Não é para mim”
Basicamente, por trás dessa frase a ideia de que nós não somos o suficiente bom ou capazes. Esta é a desculpa perfeita para inseguros e pessoas com baixa auto-estima.
Também é uma desculpa usada por pessoas que têm medo do mundo e se fecham para novas experiências. Em qualquer caso, você não pode saber se algo que você gosta ou não até prová-lo.
Na verdade, é provável que em mais de uma ocasião tenha pensado que algo não foi feito para você, mas depois de provar, você amou e se tornou empolgado com a nova situação.
Portanto, não feche para novas experiências nem se limite como uma pessoa. É a pior coisa que poderia fazer.
5. “Eu não sei como fazer”
As coisas novas podem assustar, então uma das desculpas que inventamos para ficar em nossa zona de conforto é dizer-nos que não sabemos como enfrentar o desafio.
Podemos pensar que não temos habilidades ou que nunca podemos desenvolver. No entanto, lembre-se que quando você tem um “por quê” valoroso, o “como” vem sozinho.
É verdade, para realizar determinados projetos a preparação é necessária, mas isso não significa que você não pode fazê-lo, significa apenas que levará mais tempo ou precisa de alguém para ajudá-lo.
Nenhuma habilidade vem do nada, todos tem na sua base muita paixão e esforço para o que a realiza, é assim com todos que atingiram esses patamares.
No fechamento, tenha sempre em mente o que Nelson Mandela disse:
“Impossível é tudo aquilo que não se tenta”.
Ou como disse Michel Jordan:
“Você erra 100% das bolas que não arremessa“

Seja

Quando decidirmos que Todos Somos Um, deixaremos de nos tratar mutuamente defensivamente, agressivamente como nos tratamos...
Quando decidirmos que Há Suficiente, compartilharemos tudo com todos...
Quando decidirmos que não há nada que tenhamos que fazer, deixaremos de tentar usar o fazer para solucionar nossos problemas, e, de preferência, buscaremos um estado de ser que faria desaparecer a experimentação desses problemas e as condições que os mantém desapareceriam...
Não há nada que temos que ter, não há nada que temos que fazer e não há nada que temos que ser, exceto exatamente o que estamos sendo neste momento...
Isto não significa que ter e fazer serão eliminados de nossas vidas.
Quando vier da felicidade, faremos certas coisas porque somos felizes. O oposto ao antigo paradigma no qual fazíamos as coisas que esperávamos que nos fariam felizes.
Quando vier da sabedoria, faremos certas coisas porque somos sábios, não porque estamos tentando obter sabedoria.
Quando vier do amor, faremos certas coisas porque somos o amor, não porque desejemos ter amor.
Tudo muda, tudo desloca, quando vem de Ser, em lugar de procurar ser. Não pode fazer as coisas para ser. Se tenta ser feliz, ser sábio, estar apaixonado ou ser Deus, não pode chegar lá fazendo. Entretanto, é verdade que estará fazendo coisas maravilhosas uma vez que chegue lá.
Esta é a Dicotomia Divina...
A forma para chegar lá é estar lá.
Só se está onde se escolhe chegar! É assim simples. Não tem que fazer nada.
Deseja ser feliz? Seja feliz.
Deseja ser sábio? Seja sábio.
Deseja estar apaixonado? Esteja apaixonado.
Isso é Quem Você É em qualquer evento.
Seja, então, o mundo que você quer.

Samadhi

Samadhi é uma palavra antiga do sânscrito, usada na yoga e por budistas, com diferente significado.
Alguns chamam essa antiga língua, o sânscrito, de devanagari – a língua dos deuses dos Atlantes, da qual se origina e para a qual não possui nenhum equivalente moderno. Mas, é dela que vem nossa ideia de mantras – sons sem significado específico, em termos de fonética, mas que emitem a vibração daquilo a que se refere.
Por isso mesmo é um fundamental desafio falar sobre Samadhi.
Samadhi leva a algo impossível de ser transmitido no nível da mente.
Então, este texto é simplesmente a manifestação exterior mental de uma jornada que só pode ser feita interiormente. A intenção não é ensinar sobre o Samadhi ou fornecer informações para alimentar sua mente, mas sim, inspirar você a descobrir diretamente sua real natureza.
Samadhi é relevante agora mais do que nunca.
Estamos em uma época na história em que esquecemos não só o Samadhi, mas temos nos esquecido do que nós esquecemos.
Este esquecimento é Maya, a ilusão do Ser.
Como humanos a maioria de nós vive imerso em nossas vidas cotidianas, com pouca ideia de quem somos, por quê estamos aqui ou para onde estamos indo.
A maioria de nós nunca realizou o verdadeiro Ser, a alma ou o que Buda chamou de Annata – aquilo que está além de nomes e formas, além do pensamento. E, como resultado, acreditamos que somos esses corpos limitados.
Vivemos no medo, consciente ou inconsciente, de que a estrutura limitada do Ser, a qual estamos identificados, irá morrer.
No mundo de hoje, a maioria das pessoas que estão empenhadas em práticas religiosas ou espirituais, como yoga, oração, meditação, cânticos ou qualquer tipo de ritual, estão praticando técnicas que são condicionadas, o que significa que são apenas parte das construções do ego.
Essa busca ou atividade não é um problema… Mas pensar que você encontrou a resposta em alguma forma externa é o problema.
Espiritualidade em sua forma mais comum não é diferente do pensamento patológico que está acontecendo em todos os lugares. É mais uma agitação da mente.
Mais “afazeres humanos” em oposição a “ser humano”.
A construção do ego quer mais dinheiro, mais poder, mais amor, mais de tudo. Igualmente, aqueles que estão no chamado caminho espiritual desejam ser mais espirituais, mais despertos, mais equânimes, mais pacíficos, mais iluminados.
O perigo de você ler este texto é que sua mente poderá querer alcançar o Samadhi. Ou, talvez ainda mais perigoso, é que sua mente pode pensar que já alcançou Samadhi.
Mas sempre que há um desejo de alcançar algo, você pode ter certeza de que é a construção do ego trabalhando.
Samadhi não é sobre alcançar ou acrescentar qualquer coisa para si mesmo.
Somos informados de quem somos pela nossa família, pela sociedade e nossa cultura e, ao mesmo tempo, somos escravos de profundos desejos biológicos inconscientes e aversões que governam nossas escolhas.
A construção do ego não é mais do que o impulso de repetir…
É simplesmente o caminho que a energia tomou uma vez e a tendência da energia a tomar esse caminho novamente, seja ele positivo ou negativo para o organismo.
Há aspectos do ego que podemos estar conscientes, mas é o inconsciente, a fiação arcaica, os medos existenciais primitivos, que estão realmente dirigindo toda a máquina.
Padrões infinitos relacionados a buscar o prazer e evitar a dor são sublimados em comportamentos patológicos… nosso trabalho… nossos relacionamentos… nossas crenças… nossos próprios pensamentos... e todo o nosso modo de viver.
Como gado, a maioria dos seres humanos vive e more em subjugação passiva, alimentando suas vidas para a matriz.
Vivemos vidas trancadas em padrões limitados.
Vidas muitas vezes cheias de grande sofrimento e nunca nos ocorre de podermos realmente tornarmos livres.
É possível abandonar a vida que foi herdada do passado, para viver aquela que está esperando para vir através do mundo interior.
Em um indivíduo desperto, a consciência brilha através da personalidade, através da máscara. Quando você está desperto, você não se identifica com seu personagem, não acredita que é a máscara que está vestindo. Mas também não desiste de desempenhar um papel.
Quando estamos identificados com o nosso personagem, nossa personalidade, isto é Maya, a ilusão do Ser.
Samadhi é despertar do sonho do personagem no jogo da vida.

A Crise na Atualidade

Nós nunca tivemos acesso a tanto conhecimento...
Temos penetrado profundamente no mundo material, até encontrando a assim chamada Partícula de Deus – o Bóson de Higgs. Mas nunca fomos mais limitados, mais ignorantes de quem somos, de como viver, bem como não entendemos o mecanismo pelo qual criamos tanto sofrimento.
Nossos pensamentos criaram o mundo como ele é agora.
Sempre que rotulamos algo como bom ou mau, ou criamos preferência em nossa mente, é sempre devido a estruturas egoicas ou interesses pessoais.
A solução não é lutar pela paz ou conquistar a natureza, mas simplesmente reconhecer a verdade de que é a própria existência do ego que cria a dualidade, uma divisão entre o eu e o outro, o meu e o seu, o homem e a natureza, interior e exterior.
O ego é violência. Requer uma barreira, uma divisão do outro a fim de existir. Sem o ego não há guerra contra nada. Não há arrogância, não há natureza excessiva para tirar proveito.
Essas crises externas em nosso mundo refletem uma grave crise interna.
Não sabemos quem somos.
Estamos completamente identificados com nossas individualidades egoicas, consumidos pelos medos e separados de nossa verdadeira natureza.
As raças, religiões, países, partidos políticos, qualquer grupo a que pertencemos reforçam todas as nossas identidades egoicas. Quase todos os grupos que existem no planeta hoje querem reivindicar sua perspectiva como verdadeira e correta, como fazemos em um nível individual.
Ao afirmar a verdade como sua, o grupo perpetua sua própria existência, da mesma forma que um indivíduo ou ego se define contra os outros.
Agora, mais do que nunca, diferentes realidades e sistemas de crenças polarizados estão coexistindo na Terra. É possível que pessoas diferentes experimentem pensamentos e reações emocionais completamente diferentes aos mesmos fenômenos externos.
Da mesma forma, Samsara e Nirvana, Céu e Inferno são duas dimensões diferentes que ocupam o mesmo mundo. Um evento que pode parecer apocalíptico para uma pessoa, pode ser visto como uma benção para outro.
Então, o que está se tornando óbvio é que nossas circunstâncias externas não precisam afetar seu mundo interior de nenhuma maneira em particular.
Realizar a Paz Interior, o Samadhi, a Sabedoria Divina, a Espiritualidade (ou o nome que quiser dar) é tornar-se uma roda autopropulsada, tornar-se autônomo, um Universo para si mesmo.
Sua experiência de vida não depende de mudanças de fenômenos. Apenas de seu Eu Superior, sua Divindade Interna.

Razão e Consciência

Muito além de nossos pensamentos e de nossa razão, existe um "algo mais e maior", chamado consciência.
Exercitando a auto-análise de nossas vivências e experiências, com retidão e isenção, medindo nossos atos, palavras, sentimentos e pensamentos, estamos desenvolvendo a consciência.
Podemos fazer coisas erradas e depois inventarmos toda a sorte de razões e desculpas para nos convencer, ou aos outros, que agimos acertadamente. Mas é a nossa consciência e não a razão com suas explicações e justificativas quem vai emprestar os critérios de valor para medir os nossos atos.
A razão "pensa" como instrumento do ego, quer seja como um instrumento de culpa ou, no sentido contrário, para amenizar a dor ou provocar a piedade alheia.
A consciência se alinha a Leis Divinas, como a Regra de Ouro: não faça aos outros aquilo que não gostaria que fizessem com você mesmo. Portanto, consciência é um estado de ser, do ser.
Isto significa uma Lei Causal, uma regra igual para todos nós, não uma medida excêntrica, elástica, aplicada de acordo com preferências ou situações de interesses ou conveniências pessoais.
Devemos aprender a praticar a auto-análise sempre, vigiando nossos atos, palavras e pensamentos constantemente para encontrar a paz interior.
A consciência não é outra coisa senão a realidade imortal - o Amor. Jesus costumava pregar: Amai vossos inimigos.
E, na realidade, que inimigos seriam esses? Não seriam esses inimigos nossos atos, pensamentos e emoções manifestados pela nossa porção humana? Nosso grande inimigo somos nós mesmos, iludidos pelo ego, num mundo competitivo e separatista.
Jesus nos ensina, nada mais, nada a menos, que termos amor próprio, reconhecendo nossa própria natureza pela consciência divina.
Não se trata aqui de auto-estima, mas de amor à nossa natureza divina... O amor próprio só faz sentido ao se dar aos outros. Já a auto-estima...
As mudanças genuínas só podem ocorrer por obra do amor.
Qualquer forma de resistência ao estado natural de amorosidade é uma resistência à natureza do ser e uma violência que gerará apenas novas oportunidades de aprendizado: a Lei do Karma.
O amor faz parte da nossa natureza divina. Vive dentro de nós. Tudo o que precisamos fazer é deixar que ele se expresse.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

O Caminho da Ciência

Um dos mistérios mais estudados das ciências humanas é a natureza e o comportamento do nosso universo.
A Física, em especial, tem sido o ramo do conhecimento que mais a fundo têm investigado esse assunto dividindo-se em dois grandes ramos com visões bem divergentes a respeito de nosso universo: A física cartesiana e a quântica.
A Física Cartesiana ou Newtoniana
Segundo a física cartesiana o universo funciona como uma máquina perfeita, um relógio cósmico com todas as suas engrenagens funcionando harmônica e automaticamente, sem intervenção de nenhuma força externa.
Durante muitos anos essa visão do cosmos foi aceita amplamente no meio acadêmico, pois se encaixava perfeitamente nos parâmetros observados na mecânica clássica de Newton e sua lei da gravitação universal.
Ou seja, vendo o macro-cosmos rodopiar a nossa volta, imaginar aquilo tudo como um grande relógio não era muito difícil.
A Física Quântica
No micro-cosmos, no mundo sub-atômico, as leis da física clássica simplesmente não existem.
Nos estudos do elétron, Heisenberg foi quem postulou o princípio da incerteza, baseado na impossibilidade de se determinar a posição e o momento de um elétron no tempo.
Isso acontece porque dependendo da medição que é feita, o elétron se comporta de uma maneira diferente.
Ao tentar determinar a posição, o elétron se comporta como partícula, mas ao tentar medir o momento, o elétron se comporta como onda, daí a impossibilidade de se obter ambas as medidas simultaneamente.
Essa descoberta trouxe algumas implicações tão sérias que dividiu a física ao meio, criando toda uma nova visão sobre a realidade e nascendo, assim, a Física Quântica.
Ciência e Espiritualidade fazendo as pazes
Um dos grandes cientistas da atualidade no ramo da física quântica é o físico Amit Goswami, que, perguntado se ele realmente acha que um observador modifica a realidade, transformando onda em partícula, respondeu...
Essa é a questão fundamental porque.. qual é o papel do observador? É a pergunta que abre a integração entre Física e espiritualidade. Na Física Quântica, por sete décadas, tentou-se negar o observador.
De alguma forma, achava-se que a Física deveria ser objetiva.
Se dessem um papel ao observador, a Física não seria mais objetiva.
A famosa disputa entre Bohr e Einstein, a que se refere essa disputa, basicamente, sempre terminava com Bohr ganhando a discussão, mostrando que não há fenômeno no mundo a menos que ele seja registrado.
Bohr não usou a consciência.. mas atualmente, vem crescendo o consenso, muito lentamente, de que a Física Quântica não está completa, a menos que concordemos que nenhum fenômeno é um fenômeno, a menos que seja registrado por um observador, na consciência de um observador.
E isso se tornou a base da nova ciência. É a ciência que, aos poucos, mas com certeza, vem integrando os conceitos científicos e espirituais.
Nassim Haramein
Nassim Haramein e um físico suíço que dedicou toda sua vida estudando a física quântica e o universo, de forma pouco tradicional.
Além até mesmo da física quântica, ele propôs uma nova perspectiva, bem mais próxima dos conceitos esotéricos que dos conceitos científicos, sem contudo, fugir do embasamento acadêmico para postular suas teorias.
De acordo com Nassim Haramein o observador não só determina como o universo se manifesta, como é ele o agende dessa manifestação. Nosso universo seria um imenso fractal onde cada parte reflete o todo, como um holograma.
De fato, Haramein provou matematicamente que cada partícula contém a massa de todo o universo e que cada uma delas está conectada com todas as outras.
Um exemplo claro de como ele ilustra a natureza fractal do universo e a influência do observador sobre ele é a constante busca pela partícula fundamental.
Ontem a partícula fundamental da matéria era o átomo.
Depois, entramos no reino das partículas sub-atômicas como prótons e neutros.
Hoje, é o tal Bóson de Higgs.
Amanhã, só Deus sabe! Segundo o físico, o universo é infinito tanto no macro-cosmo quanto no micro. Basta que o observador "procure" que ele irá encontrar partículas cada vez menores, uma vez que o próprio ato de contemplar, cria a realidade.
Da mesma forma, nunca seriam encontradas as "fronteiras do universo", uma vez que quanto mais longe se olha, mais realidade é criada, analogamente.
Ho´ponopono
Saindo das teorias da física, contudo nos aprofundando ainda mais na "abstração" do que seria o universo, uma corrente filosófica havaiana conhecida como Ho´oponopono possui uma visão bem mais radical sobre o que seria o mundo físico.
De acordo com o Ho´oponopono o universo está dentro de cada um de nós! A corrente filosófica resume sua teoria em seis postulados:
1. O universo físico é uma realização dos seus pensamentos.
2. Se seus pensamentos são cancerosos, eles criam uma realidade física cancerosa.
3. Se seus pensamentos são perfeitos, eles criam uma realidade física transbordando AMOR.
4. Você é 100% responsável por criar seu universo físico como ele é.
5. Você é 100% responsável por corrigir os pensamentos cancerosos que criam uma realidade doente.
6. Não existe lá fora. Tudo existe como pensamentos em sua mente.
O Dr. Joe Vitale, um dos divulgadores dessa visão, conta a história do terapeuta havaiano Ihaleakala Hew Len, que curou um pavilhão inteiro de pacientes criminais insanos sem sequer ver nenhum deles.
O psicólogo estudava a ficha do preso e, em seguida, olhava para dentro de si mesmo a fim de ver como ele havia criado a enfermidade dessa pessoa.
À medida que ele melhorava, o paciente também melhorava. Ao ser perguntado pelo Dr Vitale o que fez a si mesmo para ocasionar tal mudança nessas pessoas, Ihaleakala disse “Eu simplesmente estava curando aquela parte em mim que os havia criado”.
Ou seja, o que nós experimentamos no universo de bom ou ruim, experimentamos porque foi exatamente isso que criamos e para mudar o universo a nossa volta, incluindo nisso, as pessoas, temos que mudá-los dentro de nós!
Muito radical para você?
Pois a ciência caminha nessa direção.

O Mundo Exterior

Devido a humanidade se identificar quase que exclusivamente com seus pensamentos e o mundo exterior, é raro um indivíduo que consiga equilibrar as forças de seus mundos exterior e interior.
A vida, a liberdade e a busca pela felicidade. Vivemos nossas vidas buscando a felicidade “lá fora” como se fosse uma mercadoria. Nos tornamos escravos de nossos próprios desejos, expectativas e anseios. A felicidade não é algo que pode ser perseguido ou comprado como uma roupa barata. Isso é Maya, a ilusão. O interminável jogo de formas.
Também é certo que vemos no mundo exterior, nos outros a fonte de todos os novos "problemas", ou seja, tudo que vai contra nossos desejos, tudo que nos trás de alguma forma ao nosso Eu... e isso nos ofende e por isso reagimos.
Na tradição Budista, o Samsara, ou o incessante ciclo do sofrimento se perpetua pela busca do prazer e a aversão a dor.
Freud se referiu a isso como o “princípio do prazer”.
Tudo o que fazemos é uma tentativa para criar prazer, ganhar algo que queremos ou evitar algo indesejável que não queremos. Até mesmo um organismo simples unicelular faz isso. A ciência chama a isto de resposta ao estímulo.
Mas, diferentemente de um organismo unicelular, o ser humano tem mais escolhas. Somos livres para pensar e aí está o centro do problema.
É o pensamento sobre o que desejamos que fugiu ao controle.
Foi o famoso psiquiatra Carl Jung que disse: “Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta”.

Deus, Segundo Spinoza

Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.
Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho… Não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz… Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste
comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste… Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim – crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Te sentes olhado, surpreendido?… Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações? Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro… aí é que estou, batendo em ti.

Gente

Há pessoas que dizem dizem querer amar...
Mas só precisam ser aceitas.
Pregam unicidade, desde que seja com elas.
Propõe a paz a fórceps.
Não arriscam nada para ser feliz.
Buscam a segurança em tudo que é transitório.
Sem conseguir enxergar dentro, criticam o que vêm fora.
Persistem em falar, como se fôsse mais importante que escutar.
Pessoas sempre são bem intensionadas, mas a prática agride.
Querendo incluir, excluem.
Preferem discutir que entender.
Porque são inseguras, preferem controlar a tudo e a todos.
Mas, mesmo assim e ainda assim...
São pessoas...
Maravilhosamente humanas.

A Medida da Evolução

Costumamos avaliar o grau de evolução de uma civilização de diversas formas: politicamente, tecnologicamente, socialmente, culturalmente, pelo sistema de educação, economia, segurança etc.
Falando em termos de espiritualidade, não interessa a área de atuação, a evolução de uma civilização se mostra mediante o movimento para a unidade do conjunto de indivíduos, não pelo separativismo.
Demonstramos separativismo pela inclinação e insistência pelas comparações, pela necessidade constante de caracterizar algo como melhor e pior, superior ou inferior, bom ou mau. Essa polarização que, mundialmente, expressamos.
Não vamos cometer o engano aqui de defender ou atacar ideologias criadas utopicamente pela humanidade, afinal, tanto o socialismo como o capitalismo em teoria são perfeitos, mas na prática, não se demonstraram ainda capazes de satisfazer as necessidades da humanidade por um simples detalhe: ambos os sistemas tem que ser praticados pelos homens, que, imperfeitos, não conseguem deixar de lado suas conveniências pessoais e abusam para obter mais dinheiro, mais poder, mais influência... falta consciência do outro.
Mas, não é disso que trato aqui, de ideologias políticas ou econômicas. Mas de evolução espiritual.
A grande Verdade é que Deus é Um, em seus três aspectos, Somos Todos Um com esse Deus Uno. A Unidade é a Verdade. A separação é a ilusão. E enquanto uma sociedade se considere separada (ou algumas) vive na ilusão.
Construimos a vida em nosso planeta baseados na concorrência, apoiados na dualidade.
Pensamos que somos separados dos outros, nossas famílias separadas das outras, nossas cidades separadas, com países separados e diferentes, formando um mundo separado... separado até de outros mundos... Muitos imaginam que somos a única inteligência no universo, no melhor país do planeta, que nossa cidade é a melhor, bem como nossa família é a mais maravilhosa... e pensamos ser o melhor de nossas famílias, ou pelo menos agimos como se pensássemos...
Estes pensamentos se refletem a cada dia nas decisões sociais, políticas, religiosas, econômicas, nas decisões individuais de amizade ou amor, no sistema de crenças e na nossa relação com a divindade.
Sentimo-nos separados de Deus, como se isso fôsse possível...
Negamos a veracidade de nossa própria existência ignorando-a, vendo-a distorcida, distraindo-nos com o que devemos ser e fazer para ser diferente e melhor.
Vivemos separados de nossa Verdade. Observamos o óbvio que nem pode deixar de ser notado e depois negamos o que vimos.
É uma autonegação!
Passamos a vida negando O Que Somos.
Como se não bastasse negar o que acontece ao nosso redor - a fome, miséria, violência, o tratamento que damos ao planeta e aos outros reinos da natureza, aos jovens e aos idosos - negamos também tudo o que vemos em nosso interior.
Temos bondade e compaixão, mas as negamos. Temos sabedoria, mas reagimos e a negamos. Temos possibilidades infinitas de opções, mas negamos. Até mesmo vivenciamos a divindade em nós, Deus em nosso interior, mas negamos também. Neste ponto, talvez alguns digam que não negam a Deus, mas se lhes perguntar se admitem serem deuses, gaguejarão... e negarão a Deus.
Vivemos imersos na ilusão, em busca de algo "melhor", distraídos, buscando felicidade momentânea, prazer de alguma forma.
O Mestre sabe que a negação é para aqueles que escolhem ter a ilusão de continuar polarizando, separando, com medo de mudanças, vendo e não enxergando...
A aceitação é para aqueles que escolhem que agora termine sua ilusão.
Aceitação, proclamação e demonstração. Estes os três passos na direção da divindade, da consciência una. A aceitação de Quem e O Que Somos realmente. A proclamação disto para todos e a demonstração através das ações... Demonstrar que Somos Um com Deus, da mesma forma que demonstramos agora como somos separados de tudo e de todos.
É certo que, quando aceitamos este desafio interior de Sermos Um com Deus e Com Tudo, outros nos negarão. No momento que disser uma Verdade divina, outros proclamarão sua ofensa. Adorado e injuriado, elevado e denegrido, honrado e crucificado, porque enquanto para estes que aceitaram a divindade o ciclo terminou, aqueles que vivem na ilusão do certo e errado, da razão, da negação, da polarização, do melhor e pior, estes não saberão o que pensar sobre você.
Mas aquele que aceita sua divindade sabe que só sua experiência da ilusão terminou. Compreende que a experiência continua e seu papel com o outro, dirigindo-o à sua própria divindade.
Quando uma massa significativa da humanidade atingir este estado, aí então o consciente coletivo e o inconsciente coletivo se elevarão... e com isto a polarização, a separação e a negação deixarão de existir.

Oração da Harmonia

Nós desejamos a todos os seres do universo, em que vibração estiverem e a que reino pertencerem, muita paz, amor, justiça e verdade.
Com as vibrações de nossas palavras, nossos pensamentos e nossos sentimentos, nós somos fortes, sadios e perseverantes, formando um elo de fraternidade universal.
Nós estamos em paz e satisfeitos com o universo inteiro.
E desejamos que todos possam realizar suas justas aspirações... até mesmo as mais íntimas...
Gratidão.

O Corpo



O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
O coração enfarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a “criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.

Reflexões Sobre o Amor e o Medo

Fomos criados com a ideia que o contrário do amor seria a raiva, mágoa, o desamor.
Mas, vários autores recentes, de diferentes linhas de pensamento, passaram a considerar que o medo seria o inverso do amor.
E o motivo justificado é simples... seria o medo a causa da raiva, irá, stress, conflitos, ansiedade e outras formas de defesa psicológica, que podem causar, ao seu limite, agressões e até guerras.
Considerando desta forma, podemos observar outro fenômeno, vício de nossos mecanismos mentais adquiridos de classificação – consideramos o amor como positivo e o medo como negativo.
Este é outro engano da mente racional concreta, que a tudo tende a julgar em certo ou errado, bom ou mau, positivo ou negativo. Esta a mente polarizada.
Mas, com um olhar mais atento, podemos reparar que o medo, embora causador de sofrimento, pode sim ser um fator motivante de correção da mente, quando a pessoa tem boa vontade em evoluir.
O medo pode ser a fonte da coragem para a pessoa se superar em algum aspecto de seu ego.
Nestes casos, o medo foi positivo, já que foi usado com valores espiritualizados.
E o amor?
Bem... admitamos que nossa capacidade de amar incondicionalmente é bastante limitada.
Conhecemos muito mais o amor pessoal e de forma ainda egoica.
Já pensaram quantos crimes, conflitos e sofrimentos se cometem todos os dias em nome do amor?Quase sempre esperamos algo de nossos parceiros, não é verdade?
É preciso compreender que estamos ainda nos experienciando como amor e tomando consciência pelas vivências amorosas.
Precisamos aprender a controlar nosso hábito de classificar a tudo e a todos dando significados como certo e errado, bom ou mau, positivo ou negativo.
Exercitar sair da polarização e termos menos julgamentos precipitados.Aprender a observar mais, trabalhar melhor os valores espirituais e, assim, sermos mais tolerantes e flexíveis.

Seres Evoluídos

Aqueles que são mais evoluídos que nós, não são mártires nem são vítimas de ninguém...
O ser evoluído sabe com clareza que pode criar tudo, mas também sabe que não precisa fazê-lo...
Sabe com claridade que não necessita nada para ser feliz ou para sobreviver...
Compreende que não requer de nada exterior a ele, e que o ele que agora é, não tem nada a ver com o materialismo.

Espiritualidade Prática

É comum que as pessoas reservem um tempo em suas vidas para a espiritualidade, como se fôsse algo desvinculado de seus dia-a-dias. O próprio sentido de tempo é uma ilusão, uma necessidade da persona, para formar sua própria história e individualidade.
Da mesma forma, é também comum que as pessoas dividam-se em partes, como se pudessem ser divididas, entre corpo, mente, emoção e espírito, como se fôsse possível que um aspecto não se relacionasse com os outros, como se qualquer deles não produzissem efeitos nos demais.
E é assim que, para muitos, a espiritualidade torna-se uma questão intelectual, um conhecimento que não se torna sabedoria ao não incorporar a vivência e se tornar a consciência do ser.
O conhecimento é puro alimento ao ego, enquanto a sabedoria é experimentação e ação para o bem do todo.
Esses são exemplos de como vivemos a separatividade, começando por nós mesmos, ao não nos reconhecermos divinos. Mas não é somente na nossa relação conosco que praticamos a separatividade. Nos relacionamos com o mundo como se fosse parte diferente da espiritualidade. Chamamos a esse mundo de material e nos achamos diferente dele, mas na verdade, somos nós os materialistas, os consumistas, os que somos alimentados pelo medo e pelos apegos.
É dessa forma que não conseguimos mais separar o que é causa humana e causa natural. Confundimos tragédia naturais – como um vulcão em erupção ou um tsunami – com dramas humanos. Confundimos mais ainda, como no caso do terrorismo, com religião ou ainda imigração.
É preciso ter discernimento para o crescimento e evolução espiritual. Discernimento não é julgamento e não cabe, portanto, punição. Mas é antes, o separar o jôio do trigo na nossa própria consciência.
É preciso ter discernimento para enxergarmos que o consumismo exagerado, provocado pelo marketing agressivo das grandes corporações, que não conseguem se auto-sustentar, exigindo crescimento e aumento do consumo constante, está provocando sérias consequências ao planeta, as sociedades, na política e até mesmo em cada um de nós.
Entramos no terceiro milênio onde as consciências tendem a se aprimorar, onde o tempo e o espaço – as chamadas quarta e quinta dimensões – serão reavaliados e revalidados à luz da futura ciência/religião. E faz parte desse evolutivo tomarmos consciência de nossa integralidade, de nossa indissociação, de nossa integridade.
Isso significa que, na prática, embora tenhamos ego, podemos conscientemente, pelo poder da mente corrigida, agir com a nossa divindade interior, através do poder da Vontade.
Muitas técnicas, ciências, terapias holísticas têm surgido nesses últimos 35 anos, todas direcionando e sinalizando essas mudanças, que deveríamos perceber, como por exemplo: Apometria, Cura Prânica, Psicologia da Alma, Curso em Milagres, O Livro de Urântia, As Cartas de Cristo, Constelações Familiares, Código Grabovoi, Toque Quântico, Física Quântica, Ressonância Harmônica, Theta Healing, além de tantas outras.
É preciso que tomemos consciência de nós mesmos, de sermos seres completos, de agirmos com a mente corrigida, de estendermos a espiritualidade à nossa vida e às nossas relações familiares e sociais.
É necessário tomarmos consciência de nosso trabalho, do sistema de educação a que estamos expostos, assim como nossos sistemas econômico e político, bem como pensar o nosso meio ambiente.
Tudo está interligado e depende de nós.
Precisamos aprender a agir em união, em comunhão, em conjunto e positivamente para criarmos o novo, através de uma massa crítica de pensamento divinizado.
Não basta dizer-se espiritualista ou religioso...
É preciso agir espiritualmente e com religiosidade, consigo mesmo e com todos.

Pensamentos Esparsos

O altruísta encontra sem procurar aquilo que o egoísta procura e não encontra.
É preferível ignorar a origem do mal e deixá-lo passar, a saber de onde vem e conservá-lo.
Ilude-se aquele que acredita não ter mais ilusões.
Não passe o tempo a procura de doenças que possa ter, porque, se não as tiver, você poderá criá-las mentalmente.
Não se deve jamais discutir aquilo que se desconhece, porque só poderíamos dizer tolices.
Nunca se deve compadecer de uma pessoa doente, pois só lhe faria mal tal compadecimento.