quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Síntese da Psicoterapia de Um Curso em Milagres

Situação Projetada - “Eu sou uma vítima”
Eu não vejo o mundo como ele é realmente. Ao invés disto, eu projeto de minha mente minhas crenças e interpretações limitadas.
Neste mundo projetado por mim, no qual, através de minha projeção, eu não percebo que eu me vejo com meu “eu inferior”, eu me vejo como uma vítima. Este conceito da vítima é parte da estrutura do pensamento negativo e inclui pensamentos e crenças sobre escassez, ameaças, defesa e ataque, amigos e inimigos e que certos relacionamentos são mais importantes que outros.

Pensamentos Negativos - “Eu separado dos outros”
Quando eu me identifico com meus pensamentos negativos, eu percebo os outros separados de mim.
Com os outros, eu mantenho “relacionamentos especiais”, que são baseados subconscientemente em “contratos”. Contratos que devem ser cumpridos para que os outros sejam dignos do meu amor, contratos que eu mesmo sou obrigado a cumprir a fim de ser digno de amor.
Meu “eu inferior” será dominante reagindo sobre o que está acontecendo, baseado em minhas reações emocionais automáticas, ao invés de agir com base no bom senso e reflexões.

Reações Emocionais - “Impulsos Internos”
Minhas reações emocionais, que acontecem subconscientemente e automaticamente, constituem o que chamamos de “impulsos internos”. Estes impulsos emocionais fazem-me agir automaticamente, por reflexo.
Ainda que alguns reflexos condicionados sejam bons e práticos para a convivência no meio social, muitos deles são baseados em crenças subconscientes de ameaças, escassez e dor. E estas crenças subconscientes frequentemente geram um retorno na mesma moeda e um círculo vicioso se estabelece.
O objetivo consciente e/ou subconsciente para minhas ações é “resolver o problema”, envolvendo e/ou mudando o outro, ao mundo e isto só reforça minha projeção.

Reflexo Condicionado - “Querer mudar o mundo”
Esta é a imagem do “mundo exterior” que acreditamos ser o mundo real ou realidade, mas que é realmente um mundo interno, automático e subconsciente, que projetamos e construímos com base em emoções e pensamentos negativos.
Minhas projeções fazem-me acreditar que eu sou vítima das circunstâncias, que estou só e separado dos outros e, assim, tudo o que acontece leva-me a uma reação emotiva automática.
É assim que construímos nossos impulsos internos que nos fazem reagir controlados por reflexos condicionados.
O foco de minhas ações é mudar o outro, o mundo, o exterior. E isto reforça minha projeção e minha percepção do mundo.
E o círculo vicioso é ativado e eu o sigo cegamente, tal qual um sonâmbulo ou um robô.

E o que podemos fazer?
A chave existe internamente em nosso “Eu Superior”, em nossa porção divina que não julga.
O livre arbítrio nos permite escolher de novo.
Podemos escolher entre os pensamentos negativos, buscando “solução exterior” àquilo que nos incomoda “interiormente” ou podemos perguntar ao nosso “Eu Superior”, nosso ser divino, ao “Espírito Santo”, ao nosso “Guia Interno” por socorro.

“AJUDE-ME A VER ESTA QUESTÃO DE OUTRA FORMA, DIFERENTEMENTE”
Aqui a chave da questão – A opção
Se, antes de permitir meus pensamentos negativos, eu exercer a opção de perguntar ao meu “divino”, isto poderá me levar aos “pensamentos reais”, à “mente superior”, à “realidade divina”. E isto fará com que se quebre um ciclo vicioso dos pensamentos negativos – reações emocionais – reflexos condicionados – projeções do mundo ou da mente.
A opção é possibilitar, pelo poder da Vontade, exercida pelo livre arbítrio, o “Pensamento Real”, espiritualizado, divino do “Eu Superior”.
No plano da mente superior, divinizado, os pensamentos verdadeiros substituem os pensamentos negativos do ego ou eu inferior. E neste plano ou estado mental, o “eu separado do outro” torna-se “nós”, com o conceito divina da Unicidade.
A Unicidade substitui minhas reações físicas, racionais e emocionais inferiores e automáticas com o novo tipo de emoção vinda do coração: o amor. A amorosidade conecta-me com minha porção divina e com minha sabedoria interior.
Esta “emoção superior” propicia-me acessar o que “Eu Sou” - o Amor. É essa amorosidade que torna o perdão acessível e natural. A amorosidade inspira-nos, o que nos dá acesso ao nosso guia interior, que nos conduz às ações superiores.
O perdão é inspirador e as ações controladas e dirigidas.
Quando eu me permito ser levado pelo meu coração, pela amorosidade, pelo meu “eu superior” ou “guia interno”, eu me abro à possibilidade dos “milagres”.

Abre-se a oportunidade então para os outros agirem de forma diferente, para as soluções aos problemas aparecerem e para que o debate e as lutas tornem-se diálogos.
O milagre, como um bom instrumento de aprendizado, ajuda-me e aos outros na “Visão da Realidade UNA”. E é esta visão que faz-me reconhecer quem eu sou realmente. Um ser humano livre, com o poder inerente de criar minha própria vida e realidade. E isto completa o círculo interior, como inevitável resultado da ESCOLHA DA OPÇÃO, que me levou ao pensamento superior verdadeiro, às minhas emoções superiores, ações controladas e a uma Visão Real de mim mesmo e dos outros como UM SÓ.
Este estado interior fará com que eu possa experienciar a UNICIDADE com todos, dando-me acesso à inspirações e me ajudará ao PERDÃO, o que propiciará que os milagres aconteçam.
Sendo um operador de milagres, você se torna um cocriador de um novo mundo.
E, desta forma, a visão enegrecida, esfumaçada de minhas projeções de mundo se dissiparão e passarei a experienciar o “mundo real” como ele é, sem minhas interpretações, significados, meus sentimentos e sem minha imagem
projetada.

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