terça-feira, 26 de novembro de 2019

A Crise na Atualidade

Nós nunca tivemos acesso a tanto conhecimento...
Temos penetrado profundamente no mundo material, até encontrando a assim chamada Partícula de Deus – o Bóson de Higgs. Mas nunca fomos mais limitados, mais ignorantes de quem somos, de como viver, bem como não entendemos o mecanismo pelo qual criamos tanto sofrimento.
Nossos pensamentos criaram o mundo como ele é agora.
Sempre que rotulamos algo como bom ou mau, ou criamos preferência em nossa mente, é sempre devido a estruturas egoicas ou interesses pessoais.
A solução não é lutar pela paz ou conquistar a natureza, mas simplesmente reconhecer a verdade de que é a própria existência do ego que cria a dualidade, uma divisão entre o eu e o outro, o meu e o seu, o homem e a natureza, interior e exterior.
O ego é violência. Requer uma barreira, uma divisão do outro a fim de existir. Sem o ego não há guerra contra nada. Não há arrogância, não há natureza excessiva para tirar proveito.
Essas crises externas em nosso mundo refletem uma grave crise interna.
Não sabemos quem somos.
Estamos completamente identificados com nossas individualidades egoicas, consumidos pelos medos e separados de nossa verdadeira natureza.
As raças, religiões, países, partidos políticos, qualquer grupo a que pertencemos reforçam todas as nossas identidades egoicas. Quase todos os grupos que existem no planeta hoje querem reivindicar sua perspectiva como verdadeira e correta, como fazemos em um nível individual.
Ao afirmar a verdade como sua, o grupo perpetua sua própria existência, da mesma forma que um indivíduo ou ego se define contra os outros.
Agora, mais do que nunca, diferentes realidades e sistemas de crenças polarizados estão coexistindo na Terra. É possível que pessoas diferentes experimentem pensamentos e reações emocionais completamente diferentes aos mesmos fenômenos externos.
Da mesma forma, Samsara e Nirvana, Céu e Inferno são duas dimensões diferentes que ocupam o mesmo mundo. Um evento que pode parecer apocalíptico para uma pessoa, pode ser visto como uma benção para outro.
Então, o que está se tornando óbvio é que nossas circunstâncias externas não precisam afetar seu mundo interior de nenhuma maneira em particular.
Realizar a Paz Interior, o Samadhi, a Sabedoria Divina, a Espiritualidade (ou o nome que quiser dar) é tornar-se uma roda autopropulsada, tornar-se autônomo, um Universo para si mesmo.
Sua experiência de vida não depende de mudanças de fenômenos. Apenas de seu Eu Superior, sua Divindade Interna.

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