domingo, 21 de junho de 2020

As Três Peneiras de Sócrates

Um conhecido procurou o filósofo grego Sócrates e disse-lhe:
– Preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de…
Mas nem chegou a terminar a frase quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:
– Espere um pouco. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
– Peneiras? Que peneiras?
– Sim. A primeira é a da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?
– Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!
– Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a bondade. O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
– Não! Absolutamente, não!
– Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?
– Não… Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar.
E o sábio sorrindo concluiu:
– Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque:
Pessoas sábias falam sobre ideias;
Pessoas comuns falam sobre coisas; e,
Pessoas medíocres falam sobre pessoas.

O Poder da Oração

Toda oração é poderosa.

Todas atraem para o emissor, pela Lei de Afinidade, aquilo que esperam. Não é teoria… é um fato!
Há a oração que consiste de palavras vazias, repetidas, sem sentido, suplicante e agoniada. E há orações com um propósito definido e com valores, como a fé, a misericórdia, a harmonia ou a união. Mas as orações não falham... todas trazem aquilo pelo qual se reza. E não há nada de inconsistente nisso.
A maioria das pessoas que rezam, recorrem à oração somente após tudo o mais ter falhado ou mesmo por simples hábito adquirido. Naturalmente, elas o fazem com a mente tomada de desespero, angustiadas e desesperançadas, cheias de medo de que suas preces não sejam atingidas. Bem… nesse caso, os medos então serão realizados. porque esta a manifestação. Mas o fato de uma pessoa ser atendida não significa que o resultado seja sempre bom, embora qualquer que seja o resultado é evolutivo para a pessoa... é aprendizado.
A pessoa que começa uma oração com um propósito divino valoroso definido e com uma inabalável fé de que alcançará o seu objetivo no agora, no eterno presente, coloca em ação as leis da natureza, que materializam o objeto da prece em seu equivalente nesse plano de manifestação físico.
Uma forma de oração egoica, negativa, angustiada e com medo, traz os resultados afins negativos, mesmo que seja atendida a prece. Da mesma forma, uma oração divina em propósito, em gratidão, em comunhão, positiva, traz resultados definidos e positivos.
Não se trata do que se pede, almeja. Mas se pedimos com amor ou medo. O amor e a fé atraem a divindade em nós. O medo e a desesperança atraem o correspondente egoico. Poderia algo ser mais simples que isso?
A Inteligência Infinita, a Grande Mente Universal, favorece somente aqueles que entendem e adaptam-se às leis naturais de afinidade, de sintonia, universais. Ela não faz distinção de caráter, objeto do pedido ou personalidade do orador. Não há este julgamento. O que há é sincronia, vibração...
A verdadeira oração é aquela em que a pessoa não súplica, não demanda, mas agradece em estado de graça o objeto da prece que já está ocorrendo. A fé inabalável do orador torna-o o Ser que cria o mundo que deseja pelo poder de sua Vontade.
A lei da natureza diz o seguinte:
"Saiba o que você quer, adapte-se às minhas leis, e você com certeza o terá".
Portanto, como dizem os mais sábios que nós…
Cuidado com o que você pede. Você vai ser atendido, mas isso não tem significado por si só.

Aprendizado

Aprenda com as pessoas que te machucam.
Mesmo que elas não se desculpem, que você possa se perdoar e as perdoar em silêncio.
Algumas pessoas nunca enxergarão o mal que fizeram e está tudo bem ainda assim...
Algumas pessoas são tão soberbas ao ponto de nunca reconhecerem seus erros. E está tudo bem também...
Algumas pessoas ficam maldosas, não sentem a dor que causam ou se preocupam com o próximo. Aceite isso: essa é a natureza delas. Mas, não faz mais parte da sua história.
Que toda dor causada pelo outro sem arrependimento vire paz e aprendizado pra você.
Quando você não conseguir mais sofrer por aquilo, só conseguir desejar o bem e enviar luz para essa pessoa, você saberá que está curado.

Let it be

Não se permita ficar ressentido... deixe ir o que passou.
Não se entregue ao medo... deixe vir o que possa estar vindo.
Não queira dar significado a tudo o que acontece... fique apenas atento, como observador, a tudo o que acontece.
Não tente controlar cada situação... não insista em fazer algo acontecer de sua forma.
Relaxe... descanse a sua mente... tudo tem um propósito que você ainda não pode compreender.
Mas procure absorver e aprender com cada situação.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Síntese da Psicoterapia de Um Curso em Milagres

Situação Projetada - “Eu sou uma vítima”
Eu não vejo o mundo como ele é realmente.
Ao invés disto, eu projeto de minha mente minhas crenças e interpretações limitadas.
Neste mundo projetado por mim, no qual, através de minha projeção, eu não percebo que eu me vejo com meu “eu inferior”, eu me vejo como uma vítima.
Este conceito da vítima é parte da estrutura do pensamento negativo e inclui pensamentos e crenças sobre escassez, ameaças, defesa e ataque, amigos e inimigos e que certos relacionamentos são mais importantes que outros.
Pensamentos Negativos - “Eu separado dos outros”
Quando eu me identifico com meus pensamentos negativos, eu percebo os outros separados de mim.
Com os outros, eu mantenho “relacionamentos especiais”, que são baseados subconscientemente em “contratos”.
Contratos que devem ser cumpridos para que os outros sejam dignos do meu amor, contratos que eu mesmo sou obrigado a cumprir a fim de ser digno de amor.
Meu “eu inferior” será dominante reagindo sobre o que está acontecendo, baseado em minhas reações emocionais automáticas, ao invés de agir com base no bom senso e reflexões.
Reações Emocionais - “Impulsos Internos”
Minhas reações emocionais, que acontecem subconscientemente e automaticamente, constituem o que chamamos de “impulsos internos”.
Estes impulsos emocionais fazem-me agir automaticamente, por reflexo. Ainda que alguns reflexos condicionados sejam bons e práticos para a convivência no meio social, muitos deles são baseados em crenças subconscientes de ameaças, escassez e dor. E estas crenças subconscientes frequentemente geram um retorno na mesma moeda e um círculo vicioso se estabelece.
O objetivo consciente e/ou subconsciente para minhas ações é “resolver o problema”, envolvendo e/ou mudando o outro, ao mundo e isto só reforça minha projeção.
Reflexo Condicionado - “Querer mudar o mundo”
Esta é a imagem do “mundo exterior” que acreditamos ser o mundo real ou realidade, mas que é realmente um mundo interno, automático e subconsciente, que projetamos e construímos com base em emoções e pensamentos negativos.
Minhas projeções fazem-me acreditar que eu sou vítima das circunstâncias, que estou só e separado dos outros e, assim, tudo o que acontece leva-me a uma reação emotiva automática.
É assim que construímos nossos impulsos internos que nos fazem reagir controlados por reflexos condicionados.
O foco de minhas ações é mudar o outro, o mundo, o exterior. E isto reforça minha projeção e minha percepção do mundo.
E o círculo vicioso é ativado e eu o sigo cegamente, tal qual um sonâmbulo ou um robô.
E o que podemos fazer?
A chave existe internamente em nosso “Eu Superior”, em nossa porção divina que não julga.
O livre arbítrio nos permite escolher de novo.

Podemos escolher entre os pensamentos negativos, buscando “solução exterior” àquilo que nos incomoda “interiormente” ou podemos perguntar ao nosso “Eu Superior”, nosso ser divino, ao “Espírito Santo”, ao nosso “Guia Interno” por socorro.
“Ajude-me a ver esta questão de outra forma, diferentemente”
Aqui a chave da questão – A opção
Se, antes de permitir meus pensamentos negativos, eu exercer a opção de perguntar ao meu “divino”, isto poderá me levar aos “pensamentos reais”, à “mente superior”, à “realidade divina”. E isto fará com que se quebre um ciclo vicioso dos pensamentos negativos – reações emocionais – reflexos condicionados – projeções do mundo ou da mente ou do ego.
No plano da mente superior, divinizado, os pensamentos verdadeiros substituem os pensamentos negativos do ego ou eu inferior. E neste plano ou estado mental, o “eu separado do outro” torna-se “nós”, com o conceito divina da Unicidade.
A Unicidade substitui minhas reações físicas, racionais e emocionais inferiores e automáticas com o novo tipo de emoção vinda do coração: o amor. A amorosidade conecta-me com minha porção divina e com minha sabedoria interior.
Esta “emoção superior” propicia-me acessar o que “Eu Sou” - o Amor. É essa amorosidade que torna o perdão acessível e natural. A amorosidade inspira-nos, o que nos dá acesso ao nosso guia interior, que nos conduz às ações superiores.
O perdão é inspirador e as ações controladas e dirigidas.
Quando eu me permito ser levado pelo meu coração, pela amorosidade, pelo meu “eu superior” ou “guia interno”, eu me abro à possibilidade dos “milagres”.
Este estado interior fará com que eu possa experienciar a UNICIDADE com todos, dando-me acesso à inspirações e me ajudará ao PERDÃO, o que propiciará que os milagres aconteçam.
Sendo um operador de milagres, você se torna um cocriador de um novo mundo.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Espiritualidade e Intelectualidade

Parece que muitos de nós vivem em um jogo da espiritualidade e da busca do conhecimento, onde, à medida que se avança na intelectualidade, até relaxamos e nos rendemos, mergulhando profundamente em si mesmo, em profundas reflexões, analisando, sondando, mas sempre continuando aí como um ego, talvez até mais orgulhoso de si mesmo.
Assim se permanece, sempre se transformando e melhorando, tendo uma fala mansa, parecendo ter mais humildade, mais simplicidade, abandonando certos alimentos, parando de beber e fumar, talvez até fazendo certos exercícios...
Dessa forma, tudo vai aparentemente melhorando e passamos grande parte da vida tentando reiteradamente nos espiritualizar, sempre avançando, estudando e buscando para, finalmente, depois de muitos anos de grandes esforços, conseguir ser "alguém" espiritual...
Mas, sendo honesto: talvez a situação esteja bem pior, pois agora se carrega o apego à vaidade e a arrogância de quem "sabe" que se espiritualizou.
"Conhece-te a ti mesmo" é a proposta de tentar, ao mergulhar profundamente em si mesmo, descobrir-se como um ser divino, perceber-se como divindade em si mesmo. E isso não tem nada a ver com algum conhecimento adquirido, ritual ou com fazer alguma coisa.
A realização de Deus não tem nada a ver com isso, sendo apenas o fim do sentido de separação. Disse o Mestre Jesus: "Vós sois filhos de Deus perfeitos e não o sabeis".
E para "saber" isso, é preciso soltar tudo isso... desapegar-se do ego.
Não importa realmente o que você faça ou saiba no sentido espiritual, afinal temos livre arbítrio para decidirmos o que queremos ser. Não importa o que tenha ou situação alguma...
É quando nos sentimos sendo Um com Deus e com Todos, de todos os reinos e universo, quando nos percebemos sendo Um com todos nossos irmãos que estamos no caminho da espiritualidade...

quarta-feira, 10 de junho de 2020

A Yoga e os Sete Raios

A palavra yoga é milenarmente aplicada na Índia, geralmente implicando união com o Divino, quando, na verdade, seria mais apropriado significar "unidade".
Em todas as suas diferentes escolas, a expressão se refere não só ao distante objetivo de união, mas também quanto aos métodos de treinamento que conduzem a esta meta.
Não raro também, alguns dizem que yoga é meditação, prática que tem enorme papel na maioria dos sistemas. Mas não devemos presumir que a meditação seja a única ou mesmo a principal ferramenta para o yogue, já que existem muitas escolas diferentes com diferenciados métodos, das quais destacaremos as sete principais, cada qual pertencente a um dos Sete Raios, devendo ser consideradas como métodos complementares, não como rivais.
A primeira escola, Patanjali - a mais antiga de que se tem registro, ligada ao Primeiro Raio, há dez mandamentos: os cinco primeiros sendo negações (proibindo o fazer mal aos outros, a mentira, o roubo, a incontinência e a ambição) e outros cinco positivos (recomendando a limpeza, contentamento, esforço, estudo e devoção).
A escola de Shri Krishna, exposta no Bhagavad-Gita, ensina acima de tudo a doutrina do amor. Amar sem cessar é o caminho do Segundo Raio e no Gita é mostrado como este amor deve ser dirigido aos homens e aos outros seres como Karma Yoga (o yoga da ação ou trabalho) e a Deus como bhakti yoga (o yoga da devoção).
A terceira escola, a de Shankaracharya, apresenta as qualificações na ordem que as temos, colocando a discriminação em primeiro lugar. Ela é direcionada às pessoas do Terceiro Raio, cujo temperamento as leva a querer entender não só qual serviço elas devam fazer, mas também de que maneira sua contribuição entra no esquema das coisas e no desenvolvimento da humanidade.
A quarta escola é a do Hatha Yoga. Corretamente entendida, ela envolve purificação e treinamento físico severo, objetivando levar o corpo físico a um estado de saúde perfeita, de tal forma a habilitar o ego a usá-lo para avançar o máximo possível na atual encarnação. A respiração exerce importante papel nesse caminho.
A quinta escola, denominada de Laya Yoga, objetiva o despertar das faculdades superiores do homem através do conhecimento da kundalini e dos sete chacras. Por suas características, é uma escola mais indicada aos orientais pela vida mais simples e pacífica.
A sexta escola é a da Bhakti ou devoção. Também ensinada no Bhagavad-Gita, de fato a encontramos na maioria das religiões, naqueles verdadeiros devotos que colocam sua confiança inteiramente no Divino, ficando mais que contentes se apenas têm a oportunidade e o privilégio de servir e obedecer a Deus de qualquer forma possível.
A sétima escola é chamada de Mantra Yoga, referente ao Sétimo Raio que ora é dominante no mundo. A palavra mantra é sânscrita e equivale a encantamento ou magia. Como ocidentais, poderíamos dizer que existem cinco tipos principais de funcionamento dos mantras:
- os que atuam pela fé
- os que atuam por associação
- os que funcionam por acordos ou alianças
- os que atuam pelo significado ou simbolismo
- os que atuam simplesmente através do som, vibração sem significado.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Os Pensamentos ou Afirmações dos Sete Raios

Na Grande Confraria Branca ou Grande Fraternidade Branca, os Sete Raios, cada qual comandado por um Mestre ou Choan, são tidos como os Caminhos da Senda.
Todos somos emanações de um dos Raios - sem, porém, excluir a expressão de nenhum dos remanescentes - os quais representam a Trindade Divina, Una por si só.
O Primeiro Raio sendo a emanação do Pai (ou aspecto Vontade), o Segundo Raio uma emanação do Espírito Santo (ou Mãe, aspecto Sabedoria ou, ainda, a Senhora do Universo) e do Terceiro ao Sétimo Raios emanações do aspecto Filho (ou Atividade).
Algumas linhas nominam a Trindade Divina, como sendo o Deus-Imanifestado, o Deus-Manifestado e a Manifestação, e já na Física Quântica poderíamos falar como Energia Escura, Matéria Escura e Universo. Todos juntos, em Um Só, a Força Criadora ou Expressão e Razão do Fluxo de Vida.
Cada Raio é uma expressão da Consciência Divina, cada qual correspondendo em nós a um Corpo ou Estado de Consciência, uma cor, uma nota musical, um metal, uma pedra, uma vibração, uma raça-raiz etc... e também uma "pensamento-base" ou afirmação, que deve ser mantido por aqueles que desejam servir em suas linhas. Assim, abaixo os pensamentos-chave para os seres de cada raio:
Primeiro Raio: Vontade, Força
"Eu serei forte, bravo e perseverante em Seu serviço"
Segundo Raio: Sabedoria
"Alcançarei aquela sabedoria intuicional que só pode ser desenvolvida através do perfeito amor"
Terceiro Raio: Adaptabilidade ou Tato
"Tentarei obter o poder de dizer e fazer exatamente a coisa certa no momento certo - o poder de tratar com cada pessoa em suas próprias bases, a fim de ajudá-la com mais eficiência"
Quarto Raio: Beleza e Harmonia
"Até onde eu puder, trarei beleza e harmonia para a minha vida e para meu ambiente, para que eles possam ser mais dignos d´Ele, aprenderei a ver a beleza em toda a natureza, para que eu possa servi-Lo melhor"
Quinto Raio: Ciência
"Obterei conhecimento e exatidão para que possa devotá-los ao Seu trabalho"
Sexto Raio: Devoção
"Desenvolverei em mim o grande poder da devoção, para que através dela possa levar outros até Ele"
Sétimo Raio: Cerimonial, Serviço Ordenado
"Organizarei e arranjarei meu serviço de Deus, ao longo das linhas que Ele prescreveu, de tal forma que eu possa tirar o máximo proveito da amorosa ajuda de Seus Santos Anjos que estão sempre prontos para dar"

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Wabi-Sabi

A aceitação é o primeiro passo para a mudança.
Aceitação não é resignação, ou seja, aceitar por não ter mais o que fazer, por desistir. Desistir não é uma opção evolutiva... é uma limitação.
Aceitação inclui o conceito de viver integralmente a realidade, estar inteiro dentro de uma situação, usando todas as suas ferramentas para modifica-la ou aprender com ela ou aproveitar o que há de melhor nela para o seu evolutivo.
A cultura oriental japonesa tem a expressão Wabi-Sabi, que é ver e sentir a situação tal e qual ela se apresenta. É ver a perfeição na imperfeição.
Wabi-Sabi nos apresenta uma visão do mundo baseada no reconhecimento da transitoriedade e da beleza da imperfeição da situação, que influência inclusive a estética da arquitetura e design oriental.
Wabi significa “quietude” e Sabi “simplicidade”.
Este termo ganha significado na cultura oriental de viver uma vida com despojamento, com certa dose de insuficiência e vislumbrando a beleza da imperfeição, estando relacionada ao desapego do Zen Budismo.
Neste tempo de crise, onde as incertezas e o medo proliferam na mesma velocidade das pandemias epidemiológica e econômica, é muito importante abandonarmos a crença da culpa e assumir a prática do Wabi-Sabi. Não se trata aqui de concordar ou discordar de tudo o que acontece, afinal todos temos razões em não concordar com muitas coisas que tem acontecido.
É legítimo sentir medo. É legítimo sentir que de certa forma sua vida foi tirada.
A razão neste momento, totalmente fora de nosso controle e de incertezas, leva ao medo e o medo à raiva. E, neste ponto, muitos de nós reage defensiva e inconscientemente, como um reflexo defensivo. Quanto maior o medo, maior a necessidade de defesa.
Este reflexo impensado, inconsciente, é chamado de acting out ou reação egoica com o objetivo de se livrar da raiva gerada por este sofrimento. E esta reação sempre tem efeitos negativos em relação aos outros e gera afastamentos, além de não solucionar em nada a situação.
A aceitação, no caso da pandemia, não é uma alternativa, uma opção. É um fato que todos estamos vivendo coletivamente, mas experienciando individualmente. Não existe uma forma de lidar com esta situação pandêmica, ou qualquer outra situação, que não seja atravessá-la.
É simples assim... É o que tem para hoje, mesmo não sendo do jeito que a gente quer ou gostaria. Nada está sob nosso controle, exceto nós mesmos. E somos nós mesmos que temos que nos controlar conscientemente, até mesmo porque o medo é diretamente proporcional à falta de controle. Aceitar isso é um ato de humildade.
É por isso que este é um grande momento evolutivo, para aqueles que tem a humildade de reconhecer aquilo que é, como é - com todas as imperfeições, ou mesmo defeitos e até a negatividade que carrega.
A sabedoria está em reconhecer na crise um momento de crescimento pessoal, com amorosidade e não medo.
Se quiser aliviar a sua dor, desviar o foco de sua desgraça pessoal e se motivar a passar melhor e mais rapidamente por este período, pense e tente aliviar a dor alheia.
É assim que o amor funciona... ao se dar para o outro.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Pensamentos de Aristóteles

Ninguém é dono de tua felicidade, por isso não entregues tua alegria, tua paz, tua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém.

Somos livres, não pertencemos a ninguém, e não podemos querer ser os donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.

A razão de tua vida és tu mesmo. Tua paz interior é teu objetivo na vida.

Quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que está faltando algo, mesmo que tenhas tudo, guarda teus pensamentos para teus desejos mais íntimos e busca a divindade que existe em ti.

Deixa de colocar tua felicidade cada dia mais distante de ti!
Não coloques os objetivos demasiadamente distante de tuas mãos, abraça os que estão a teu alcance hoje.

Se andas preocupado com problemas financeiros, amorosos ou de relações familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te, tu és o reflexo do que pensas diariamente.

Deixa de pensar mal de ti mesmo e sê teu melhor amigo sempre!

Sorrir significa aprovar, aceitar, facilitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que quer te oferecer o melhor!

Com um sorriso no rosto, as pessoas têm as melhores impressões de ti, e tu estarás afirmando para ti mesmo, que estás “próximo” de ser feliz...

Trabalha, trabalha muito a teu favor. Deixa de esperar a felicidade sem esforços.

Deixa de exigir das pessoas aquilo que nem para ti ainda não conquistastes. Criticar menos, trabalhar mais.

E não te esqueças nunca de agradecer. Agradece tudo o que está em tua vida, em cada momento, inclusive a dor.

Nossa compreensão do universo ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja em nossa vida.

A grandeza não consiste em receber honrarias, mas merecê-las.

Aristóteles - 360 a.C.