sábado, 29 de agosto de 2020

Amor Próprio

Não é raro encontrar postagens enaltecendo a própria auto-estima, algumas em situações tão duvidosas, que me fez pensar sobre a sutil, mas enorme diferença entre auto-estima e amor próprio.

Quando nos deparamos com uma destas postagens, não fica parecendo que a pessoa coloca a palavra auto-estima excluindo alguém ou alguma situação de seu pensamento e notadamente de forma defensiva? Não fica parecendo mais orgulho ferido e necessidade de preservação do ego?

Bem.... pode ser tudo, menos amor próprio, porque amor é includente, jamais excludente... na amorosidade existe compreensão, inclusão e não fuga, defesa, exclusão...

A auto-estima falada soa mais como um engano provocado pelo ego, sempre machucado, talvez provocado por deturpações causadas por tantas linhas de auto-ajuda, mentalismo, couchings - alguns até ditos espirituais - e até mesmo de algumas linhas da psicologia, que induzem as pessoas a falarem em auto-estima sem, no entanto, irem mais fundo no significado que vem sendo dado.

O amor próprio, entendo eu, tem a ver com o “Eu Sou"...
onde "Eu" é a primeira manifestação do Espírito Individualizado no homem, que o torna diferente dos outros animais. O reino animal tem consciência do grupo, da espécie, enquanto o reino humano tem consciência de si mesmo.

Já o verbo "Ser" da expressão "Eu Sou", tem a ver com “Aquilo Que É”, e "Tudo Aquilo Que É" ou "Aquele Que É Tudo", ou seja, Deus...

No homem esta divindade se manifesta naquilo que chamamos de "Eu Superior".

Dessa forma, “Eu Sou”, passa a ser o reconhecimento, expressado pelo Amor Próprio, como o Espírito (“Eu Verdadeiro” ou “Eu Superior”) reconhecendo “A Divindade Que Habita Em Mim", mas que só se manifesta ao se relacionar com "A Divindade Do Outro" amorosamente.

“VÓS SOIS DEUSES E NÃO O SABEIS”...

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