sexta-feira, 24 de abril de 2020

A Questão da Origem do Homem

Eis um dos mistérios do mundo, a que só podemos responder com três hipóteses:
a) O homem é produto da evolução terrestre;
b) O homem é uma criação de Deus; e,
c) O homem é um anel de uma longa corrente evolutiva que se iniciou em algum outro planeta e continua no nosso.
A primeira hipótese é lógica, defendida pela ciência mais tradicionalista, mas com um importante fator ainda não esclarecido por ela: não está, de fato, comprovado que o homem descenda do macaco e aquele que deveria ter sido o primeiro homem sobre a Terra jamais foi descoberto.
A segunda hipótese levanta numerosas dúvidas, não sendo possível conceber como o homem tenha sido um produto de um improvisado ato de criação.
A terceira hipótese, indubitavelmente, é, ao nosso ver, digna de ser examinada... senão, vejamos.
Segundo alguns mitos, a evolução humana deu-se num planeta qualquer do Universo. Depois de um primeiro período formativo, o homem teria alcançado a Terra, continuando aqui a desenvolver-se. Alguns cientistas, aliás, sustentam que o nosso planeta não é suficiente velho para que seres inteligentes nele tenham se desenvolvido de maneira espontânea, desde simples protozoários até o nível atual (vide “Não é Terra” – Ed. Melhoramentos, 1973 – Peter Kolosimo).
Essas informações do cientista soviético vêm exatamente ao encontro da nossa opinião. A Teoria da Evolução das Espécies é bastante coerente no que diz respeito à evolução da forma, mas existe uma diferenciação fundamental entre Vida e Forma.
O conceito teosófico de Vida tem um significado mais profundo que o da ciência oficial e tradicional, já que mais amplo e transcendental. Já a Forma, o concreto, o palpável, o material, mera aparência de uma só realidade: a Vida.
Por conseguinte, a evolução da Vida e a evolução da Forma, têm que ser estudadas separadamente.
A Forma é o efeito, a Vida a causa.
Portanto, estudar a evolução das Formas sem estudar a evolução da Vida leva a atalhos sem saída, exatamente onde a ciência clássica e os evolucionistas se deparam.
O conceito teosófico de Vida evolutiva, tendo como consequência a Forma, pode ser considerado não-científico, mas possui maior lógica racional e conduz a um fim determinado. Uma simples pergunta esgota definitivamente o assunto:
Não seria mais lógica e coerente uma planificação divina (ou inteligente, ou consciente ou qualquer outro nome) visando a um fim, através de estágios evolutivos, do que uma lei cega, que atua ao acaso (seleção natural) e que a tudo conduz para um estágio que ninguém ainda explicou convenientemente?
Em Fundamentos de Teosofia, C. Jinarajadasa afirma:
“O homem teria a chave de todos os problemas da evolução, se pudesse compreender o que realmente é a consciência. Porque a maior expressão dessa existência única é a consciência, que é ao mesmo tempo Força e Matéria, Forma e Vida.”
Sir James Jean, eminente astrônomo, declara em sua obra The Misterious Universe:
“O Universo inteiro assemelha-se mais a um grande pensamento do que a uma máquina.”
Essas concepções são idênticas às dos Grandes Mestres Iniciados, contidas em todas as teogonias e livros sagrados antigos. Mahat, A Grande Mente Universal, O Pensamento ou Ideação Cósmica de onde tudo provém e onde tudo tem sua existência.
Quando o cientista moderno examina a natureza, encontra forçosamente dois elementos inseparáveis: a Força (ou Energia) e a Matéria (ou Massa). Dois aspectos de qualquer substância, que geram um terceiro elemento chamado Vida (ou Consciência). Abaixo, uma pálida ideia desses conceitos:
Vida Estado de Consciência – infra consciência, subconsciência, consciência e superconsciência (ou consciência cósmica).
Energia Força – que por condensação atinge estados mais
densos.
Matéria Em seus Sete Estados, que vão do físico denso aos hiper físicos.
Essas três expressões da mesma coisa é que evolucionam, da evolução da Vida à evolução da Forma, sendo a Forma um estado de condensação máxima que, no futuro, irá se descondensar. O que consideramos morte física, nada mais é que a retirada do fluxo de vida da matéria, que deixa de existir como Forma, para passar a existir associada a estados de matéria hiper física, não percebidas pelos nossos sentidos físicos densos.
Vida-Forma, binário inseparável. Se há eternidade na Vida, haverá também na Matéria. Nenhuma partícula se destrói. A Matéria se transforma em Energia e essa Energia voltará a ser Matéria quando animar outras Formas e, assim, sucessivamente. Formas cada vez mais aptas – essa a Lei de Evolução!
É essa a Evolução da Vida, que constrói e destrói Formas, essa a Evolução da Matéria eterna do Cosmo, que obedece a Leis e esquemas predeterminados por uma Grande Consciência.

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