segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

O Caminho Interior

Nosso estado de consciência cria as condições adequadas para que nossa energia possa crescer. Entrar num estado de consciência não toma tempo algum.

Como Eckhart Tolle disse: “Consciência e presença sempre ocorrem no agora”.
Se estamos tentando fazer algo acontecer, então estamos criando resistência ao que está. É removendo toda as resistências que permitimos que a energia evolutiva se desdobre.
A Hatha Ioga jamais foi intencionada apenas como mero regime de exercícios, mas como um caminho para ligar os mundos interiores e exteriores das pessoas. A palavra em Sânscrito “hatha” significa: Sol “ha” e Lua “tha”.
Na Yoga Sutra original de Patandjáli, o propósito dos oito passos da ioga é o mesmo do caminho de oito passos de Buda: liberar a pessoa do sofrimento.
Quando as polaridades do mundo dualístico estão equilibradas, uma terceira nasce. Encontramos uma misteriosa Chave de Ouro que destrança as forças evolutivas da natureza. Essa síntese dos canais do Sol e da Lua é a nossa energia evolutiva.
Devido a humanidade se identificar quase que exclusivamente com seus pensamentos e o mundo exterior, é raro um indivíduo que consiga equilibrar as forças de seus mundos exterior e interior, permitindo assim que a Kundalini desperte naturalmente.
Para aqueles se identificam apenas com a ilusão, a Kundalini será apenas mais uma metáfora, uma ideia ao invéz de uma experiência direta da energia e consciência de uma pessoa.
A vida, a liberdade e a busca pela felicidade. Vivemos nossas vidas buscando a felicidade “lá fora” como se fosse uma mercadoria. Nos tornamos escravos de nossos próprios desejos e anseios. A felicidade não é algo que pode ser perseguido ou comprado como uma roupa barata. Isso é Maya, a ilusão. O interminável jogo de formas.
Na tradição Budista, o Samsara, ou o incessante ciclo do sofrimento se perpetua pela busca do prazer e a aversão a dor.
Freud se referiu a isso como o “princípio do prazer”.
Tudo o que fazemos é uma tentativa para criar prazer, ganhar algo que queremos ou evitar algo indesejável que não queremos. Até mesmo um organismo simples como o paramécio faz isso. É chamado resposta ao estímulo.
Diferentemente de um paramécio, o ser humano tem mais escolhas. Somos livres para pensar e aí está o centro do problema.
É o pensamento sobre o que desejamos que fugiu ao controle.
O dilema da sociedade moderna é que buscamos entender o mundo, não em termos de consciência interior, mas ao quantificarmos e qualificarmos o que percebemos se tratar do mundo exterior, usando meios científicos e o pensamento.
O pensamento só levou a mais pensamentos e a mais perguntas.
Buscamos conhecer as mais profundas forças que criam o mundo e guiam seu caminho. Mas consideramos essa essência como estando fora de nós mesmo, não como uma forma vivente intrínseca à nossa própria natureza.
Foi o famoso psiquiatra Carl Jung que disse: “Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta”.

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