Uma vez
que a Inteligência Espiritual (QS) é ligada à Essência do Ser,
ela pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios, que vem
atravessando uma grande crise de credibilidade e sustentabilidade, assim
como o poder político, fortemente conectado com as grandes empresas.
As
práticas empresariais atuais, centradas apenas em dinheiro e poder,
estão devastando o meio ambiente, esgotando recursos finitos, criando
desigualdades sociais e globais, conduzindo a crises políticas por interesses, uma
vez que são ativamente ligadas ao poder e, não raro à corrupção. Isso
tudo afeta a saúde física, mental e emocional de seus colaboradores e a
integridade e a vida de toda uma sociedade.
Perdemos
o sentido do que é realmente a vida. Não sabemos mais qual é o jogo que estamos
jogando, nem quais são as regras. Falta-nos um sentido profundo de objetivos
e valores fundamentais.
Existe
uma crise de significado que talvez seja a causa principal do stress,
das doenças, da desesperança e da crença generalizada na escassez. A busca
de sentido da vida é a principal motivação do homem e, quando essa
necessidade deixa de ser satisfeita, a vida parece-nos vazia. E, no
mundo de hoje, onde a maioria de nós apenas tenta sobreviver, esta necessidade
não está sendo atendida.
A Inteligência
Espiritual (QS) leva-nos a sermos honestos e conscientes de nós
mesmos. Exige-nos que encaremos as escolhas, vivendo a partir de nossa Essência
Divina, abertos a novas experiências, para começarmos a ver a vida
de outra forma nova - com beleza e gratidão. Exige que paremos de
procurar refúgio naquilo que conhecemos, e que exploremos e aprendamos
constantemente com o que não sabemos. Exige que vivamos a perguntas e
questionamentos, em vez das respostas reativas e prontas.
Usamos o Inteligência
Espiritual (QS) para lidarmos com problemas existenciais – onde nos
sentimos pessoalmente aprisionados aos nossos hábitos e neuroses,
ou problemas como doenças e traumas.
O Quociente
Espiritual (QS) torna-nos conscientes de que temos problemas existenciais,
e permite-nos resolvê-los ou, pelo menos, ficarmos em paz com eles. Dá-nos um
sentido profundo sobre o sentido que as lutas têm na vida e integra o
intrapessoal e o interpessoal, encurtando a distância entre o eu
e o outro.
Daniel
Goleman, jornalista, psicólogo doutorado em Harvard e escritor renomado, tratou
de escrever acerca da Inteligência Emocional (QE) e das emoções
intrapessoais, ou dentro do eu, e das emoções interpessoais, aquelas
que partilhamos com outros ou usamos para nos relacionarmos com outros.
Mas,
comparar a Inteligência Emocional (QE) e a Inteligência Espiritual (QS) seria
o mesmo que comparar padrões morais e a ética. Enquanto a moralidade
se preocupa em como agir, segundo padrões impostos, já que todos os
códigos morais são impostos pelo poder, criando comportamentos adquiridos,
muitas vezes sem sentido algum e mutáveis com o tempo, a ética é
filosófica, abstrata em essência, subjetiva e criada por valores humanos.
É assim
que criamos padrões de moralidade religiosa, militar, comercial, política, o
politicamente correto... sem, no entanto, termos refletido a respeito,
apenas aceitando normas e regras altamente questionáveis em qualquer segmento.
Nas
empresas isso se manifesta como os SAC´s que, geralmente, sob o pretexto
de atender a clientes, reforçam as políticas empresariais e servem à própria
empresa. Da mesma forma, usa-se o marketing para divulgar o quão ecológico e
sustentável é o negócio, criam-se ombudsman e, mais recentemente, compliance.
Mas nada disso ajudou até então a diminuir a distância entre a empresa e o
cliente ou colaborador. Daí criarem-se novos termos para as mesmas coisas.
Falta consciência!
É
necessário o Quociente Espiritual (QS) para compreendermos quem somos
e o que as coisas significam para nós, e como é que estas se relacionam com
os outros e o que eles representam no nosso mundo. Falta saber que as empresas
não existem, são pessoas jurídicas... somos nós as empresas!
O
capitalismo bem como o socialismo/comunismo são duas utopias perfeitas, ambos
maravilhosamente teorizados, mas que foram implementados por seres humanos
falhos e gananciosos. O mundo capitalista, tal qual é hoje, está fadado a
acabar, e um novo capitalismo terá que nascer e, com ele novas formas de
poder político.
Existe
realmente democracia no mundo de hoje? Ou é a mídia e o poder econômico quem elege
nossos governantes?
Como
consequência disso tudo, está a surgir um novo tipo de empresa... uma empresa
mais responsável.
No novo
capitalismo sobreviverão as companhias que têm visão de longo prazo, que
se preocupam com o planeta e em desenvolver as pessoas que nelas
trabalham. Que se preocupam, sim, com o lucro, mas que querem ganhar
dinheiro para desenvolver as comunidades em que atuam, proteger o meio
ambiente, propagar a educação e a saúde. E gerar prosperidade como um
todo uno.
Podemos
conciliar espiritualidade e riqueza. Isso é bom e ajuda a melhorar a motivação
e a produtividade nas empresas.
O
conceito de Quociente Espiritual (QEs) foi proposto pela física,
filósofa, psicóloga e teóloga norte-americana Danah Zohar, atualmente
professora do Programa de Liderança Estratégica na Universidade de Oxford
(Inglaterra), e seu marido Ian Marshall, graduado em Psicologia, Filosofia e
Medicina (na especialidade de Psiquiatria).
Zohar tem
sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o Quociente
Espiritual dos seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho. Ela
baseia o seu trabalho em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de
várias partes do mundo que descobriram o que está ser chamado "Área de
Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que seria responsável
pelas experiências espirituais das pessoas e que nos faz procurar um significado
e valores para as nossas vidas.
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