quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

A Inteligência Espiritual (QS ou QEs), o Poder e os Negócios


Uma vez que a Inteligência Espiritual (QS) é ligada à Essência do Ser, ela pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios, que vem atravessando uma grande crise de credibilidade e sustentabilidade, assim como o poder político, fortemente conectado com as grandes empresas.

As práticas empresariais atuais, centradas apenas em dinheiro e poder, estão devastando o meio ambiente, esgotando recursos finitos, criando desigualdades sociais e globais, conduzindo a crises políticas por interesses, uma vez que são ativamente ligadas ao poder e, não raro à corrupção. Isso tudo afeta a saúde física, mental e emocional de seus colaboradores e a integridade e a vida de toda uma sociedade.

Perdemos o sentido do que é realmente a vida. Não sabemos mais qual é o jogo que estamos jogando, nem quais são as regras. Falta-nos um sentido profundo de objetivos e valores fundamentais.

Existe uma crise de significado que talvez seja a causa principal do stress, das doenças, da desesperança e da crença generalizada na escassez. A busca de sentido da vida é a principal motivação do homem e, quando essa necessidade deixa de ser satisfeita, a vida parece-nos vazia. E, no mundo de hoje, onde a maioria de nós apenas tenta sobreviver, esta necessidade não está sendo atendida.

A Inteligência Espiritual (QS) leva-nos a sermos honestos e conscientes de nós mesmos. Exige-nos que encaremos as escolhas, vivendo a partir de nossa Essência Divina, abertos a novas experiências, para começarmos a ver a vida de outra forma nova - com beleza e gratidão. Exige que paremos de procurar refúgio naquilo que conhecemos, e que exploremos e aprendamos constantemente com o que não sabemos. Exige que vivamos a perguntas e questionamentos, em vez das respostas reativas e prontas.
  
Usamos o Inteligência Espiritual (QS) para lidarmos com problemas existenciais – onde nos sentimos pessoalmente aprisionados aos nossos hábitos e neuroses, ou problemas como doenças e traumas.

O Quociente Espiritual (QS) torna-nos conscientes de que temos problemas existenciais, e permite-nos resolvê-los ou, pelo menos, ficarmos em paz com eles. Dá-nos um sentido profundo sobre o sentido que as lutas têm na vida e integra o intrapessoal e o interpessoal, encurtando a distância entre o eu e o outro.

Daniel Goleman, jornalista, psicólogo doutorado em Harvard e escritor renomado, tratou de escrever acerca da Inteligência Emocional (QE) e das emoções intrapessoais, ou dentro do eu, e das emoções interpessoais, aquelas que partilhamos com outros ou usamos para nos relacionarmos com outros.

Mas, comparar a Inteligência Emocional (QE) e a Inteligência Espiritual (QS) seria o mesmo que comparar padrões morais e a ética. Enquanto a moralidade se preocupa em como agir, segundo padrões impostos, já que todos os códigos morais são impostos pelo poder, criando comportamentos adquiridos, muitas vezes sem sentido algum e mutáveis com o tempo, a ética é filosófica, abstrata em essência, subjetiva e criada por valores humanos.

É assim que criamos padrões de moralidade religiosa, militar, comercial, política, o politicamente correto... sem, no entanto, termos refletido a respeito, apenas aceitando normas e regras altamente questionáveis em qualquer segmento.

Nas empresas isso se manifesta como os SAC´s que, geralmente, sob o pretexto de atender a clientes, reforçam as políticas empresariais e servem à própria empresa. Da mesma forma, usa-se o marketing para divulgar o quão ecológico e sustentável é o negócio, criam-se ombudsman e, mais recentemente, compliance. Mas nada disso ajudou até então a diminuir a distância entre a empresa e o cliente ou colaborador. Daí criarem-se novos termos para as mesmas coisas. Falta consciência!

É necessário o Quociente Espiritual (QS) para compreendermos quem somos e o que as coisas significam para nós, e como é que estas se relacionam com os outros e o que eles representam no nosso mundo. Falta saber que as empresas não existem, são pessoas jurídicas... somos nós as empresas!

O capitalismo bem como o socialismo/comunismo são duas utopias perfeitas, ambos maravilhosamente teorizados, mas que foram implementados por seres humanos falhos e gananciosos. O mundo capitalista, tal qual é hoje, está fadado a acabar, e um novo capitalismo terá que nascer e, com ele novas formas de poder político.

Existe realmente democracia no mundo de hoje? Ou é a mídia e o poder econômico quem elege nossos governantes?

Como consequência disso tudo, está a surgir um novo tipo de empresa... uma empresa mais responsável.

No novo capitalismo sobreviverão as companhias que têm visão de longo prazo, que se preocupam com o planeta e em desenvolver as pessoas que nelas trabalham. Que se preocupam, sim, com o lucro, mas que querem ganhar dinheiro para desenvolver as comunidades em que atuam, proteger o meio ambiente, propagar a educação e a saúde. E gerar prosperidade como um todo uno.

Podemos conciliar espiritualidade e riqueza. Isso é bom e ajuda a melhorar a motivação e a produtividade nas empresas.

O conceito de Quociente Espiritual (QEs) foi proposto pela física, filósofa, psicóloga e teóloga norte-americana Danah Zohar, atualmente professora do Programa de Liderança Estratégica na Universidade de Oxford (Inglaterra), e seu marido Ian Marshall, graduado em Psicologia, Filosofia e Medicina (na especialidade de Psiquiatria).

Zohar tem sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o Quociente Espiritual dos seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho. Ela baseia o seu trabalho em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está ser chamado "Área de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas e que nos faz procurar um significado e valores para as nossas vidas.

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