quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Somos Todos Um??? Como Assim???

Estamos acostumados a ouvir que Somos Todos UM e, por isso, sabemos que somos todos um, mas não realizamos, não temos consciência disso, porque vivemos como indivíduos separados das outras pessoas, outros reinos, do nosso planeta e do Universo, e, por consequência, do Todo ou Deus.
Talvez não entendamos porque, neste plano de manifestação físico, tudo é relativo, nosso mundo é dualista (certo/errado, branco/preto, direita/esquerda). Já no plano do espírito, a Verdade é Absoluta.
Isso é o que se poderia chamar de a Dicotomia Divina neste plano: para tomarmos consciência do que Realmente Somos (seres divinos), precisamos criar a ilusão do que Não Somos (o ego).
Vamos tentar enxergar de outra forma e entender o Somos Todos UM?
Nós, humanos, nos manifestamos de quatro formas: fisicamente, mentalmente, emocionalmente e espiritualmente (algumas linhas dizem três, já que as emoções seriam derivadas do pensamento).
Sabemos exatamente onde está nosso corpo físico e onde estão todos os outros corpos físicos e materiais... ou, pelo menos, pensamos que entendemos do que é sólido.
Pensamos, eu disse, porque nosso corpo físico denso é mais de 99% espaço vazio dos átomos que o formam, provado cientificamente pela física quântica. Mesmo assim... sabemos.
Nossa mente, muitos acreditam ser nosso cérebro. Mas, o pensamento é uma energia e não um objeto. O cérebro é um processador físico das percepções do meio ambiente físico, através dos cinco sentidos: tato, audição, visão, olfato e paladar, além de um controlador de funções bioquímicas do organismo.
A mente está em cada célula do corpo físico (já ouviram falar de memória celular?) e além do corpo físico. O pensamento não é um objeto e é livre do meio material.
As emoções, estas ainda mais complicadas, tá aí a psicologia para provar, são muitas: as instintivas (relativas ao duplo etérico, nossa última reminiscência animal, onde estão, p.ex., o instinto de preservação da vida e da espécie), emoções inferiores (relativas ao corpo astral ou corpo dos desejos, onde experimentamos vícios, ira, desejos, medos etc) e, as emoções superiores (no corpo mental abstrato, nossa primeira manifestação divina, onde temos sentimentos como feelings, insights, êxtases espirituais).
Pensamos que somos um corpo que tem um espírito... mas como pode ser visto na imagem, somos antes um espírito que tem, momentâneamente, um corpo. Como disse Rumi: Não somos uma gota no oceano, mas o oceano em uma gota.
Talvez inspirado no Mestre Jesus: Vós sois filhos de Deus perfeitos e não o sabeis!
Podemos dizer com clareza onde começa e onde termina nosso corpo físico, porque pensamos ser ele denso, material. Apesar de sermos mais de 99% espaço vazio, e ser técnicamente impossível tocarmos outra matéria, já que os átomos tem em sua camada mais exterior os elétrons, todos de carga negativa... e cargas negativas se repelem.
Mesmo assim, pensamos que tocamos alguma coisa ou alguém, porque temos a sensação cerebral do tato. E acreditamos.
A física quântica nos ensina que o Universo parece mais um grande pensamento, onde a matéria é energia condensada, tudo no Universo seria energia+informação e onde tudo o que conhecemos dele muito parcialmente é apenas 6% do visível, que tem massa ou matéria, ainda que não consigamos enxergar nos mais distantes pontos do Universo.
Tudo o mais do Universo, os outros 94%, seriam compostos de matéria escura e energia escura... que nem sequer temos ideia do que sejam.
Mas, voltando aos limites dos corpos. Onde começaria ou terminaria a mente, a emoção ou o espírito de uma pessoa?
Não há lugar onde começa ou onde termina a alma de uma pessoa.
Imaginemos uma casa onde temos uma cozinha com comida no fogão e uma sala contígua com uma lareira, um incenso aceso e com música. Onde começa o ar da cozinha e da sala?
Não há este lugar, embora seja certo pensar que quanto mais próximo do fogão estiver maior será o cheiro da comida cozinhando e menor o volume do som da sala, bem como o cheiro do incenso. O calor da lareira é diferente do calor do fogão. É tudo o mesmo ar, embora pareça ser diferente, como parece também diferente o ar de fora. Mas é apenas ar, em diferentes estados vibratórios, frequências, vibrações.
Não há onde termine um espírito e comece o outro. Eles interagem... daí a ideia que temos de consciente coletivo e inconsciente coletivo. A ideia que temos da interação de corpos e espíritos no ato sexual. São interações. Somos interações e nestas interações formamos ondas de energia.
Quando as partículas de energia se juntam para formar a matéria física ou expressões perceptíveis fisicamente como os sons e cheiros, concentram-se muito. Mesclam-se, movem-se juntas. Não obstante tudo é a mesma energia, comportando-se de forma diferente.
Toda a vida é energia e, portanto, vibração. O que chamamos vida (e poderíamos facilmente chamar Deus) é energia pura. Essa energia vibra constantemente, sempre. Move-se em ondas. As ondas vibram a diferentes velocidades, frequências, produzindo distintos graus de densidade ou de luz. E se mesclam.
Outro ponto: tudo o que é físico, denso, material, como chamamos, é feito do mesmo tipo de material: carbono, cálcio, ferro, potássio etc... mas se comporta de forma diferente na pedra, na planta e no ser humano? E onde estaria a diferença?
Na consciência do elemento.
Todos somos parte da mesma energia, densificada em elemento químico, reunida e condensada de formas diferentes, mas dentro de uma mesma Grande Consciência Universal, da qual somos parte, formando o Todo.
As partes do Todo que se converteram em nós, neste plano da relatividade, experienciam a Dicotomia Divina que é: Só há Um de Nós, mas Há muitos de Nós.
Mas, no plano do espírito, que não é relativo, que contém o corpo físico, e que é Absoluto, só há uma Verdade: Só Há um De Nós e, portanto...
SOMOS TODOS UM!

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