sábado, 15 de janeiro de 2022

O Princípio do Prazer

 Na tradição Budista, o Samsara, ou o incessante ciclo do sofrimento, se perpetua pela busca do prazer (sobrevivência) e a aversão a dor (adaptabilidade).

Freud se referiu a isso como o “princípio do prazer”.
Tudo o que fazemos é uma tentativa para criar prazer, ganhar algo que queremos ou evitar algo indesejável que não queremos.
Até mesmo um organismo simples como o paramécio faz isso... É chamado resposta ao estímulo. É exatamente este princípio que faz com que os vírus, como o Covid ou mesmo a Influenza, criem mutações... para sobreviverem e se multiplicarem.
Diferentemente de um paramécio, o ser humano tem mais escolhas.
Somos livres para pensar e aí está o centro do problema.
É o pensamento sobre o desejo que fugiu ao controle.
O dilema da sociedade moderna é que buscamos entender o mundo, não em termos de consciência interior, mas ao quantificarmos e qualificarmos o que percebemos se tratar do mundo exterior, usando meios científicos e o pensamento.
O pensamento só levou a mais pensamentos e a mais perguntas.
Buscamos conhecer as mais profundas forças que criam o mundo e guiam seu caminho. Mas consideramos essa essência como estando fora de nós mesmo, não como uma forma vivente intrínseca à nossa própria natureza.
Foi o famoso psiquiatra Carl Jung que disse: “Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta”.
Não é errado desejar tornar-se desperto, ser feliz...
O que é enganoso é buscar a felicidade exterior que é fugidia e insaciável... a felicidade serena, harmoniosa, independente de qualquer situação e pacífica, só pode ser encontrada dentro da realidade do mundo interior.

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