segunda-feira, 23 de novembro de 2020

O Mundo Exterior - A Roda de Samsara


Devido a humanidade se identificar quase que exclusivamente com seus pensamentos e o mundo exterior, é raro um indivíduo que consiga equilibrar as forças de seus mundos exterior e interior.

A vida, a liberdade e a busca pela felicidade. Vivemos nossas vidas buscando a felicidade “lá fora” como se fosse uma mercadoria. Nos tornamos escravos de nossos próprios desejos, expectativas e anseios.
A felicidade não é algo que pode ser perseguido ou comprado como uma roupa barata. Isso é Maya, a ilusão. O interminável jogo de formas.
Também é certo que vemos no mundo exterior, nos outros a fonte de todos os nossos "problemas", ou seja, tudo que vai contra nossos desejos, tudo que nos trás de alguma forma ao nosso eu inferior, nosso ego... e isso nos ofende e por isso reagimos.
Na tradição Budista, o Samsara, ou o incessante ciclo do sofrimento se perpetua pela busca do prazer e a aversão a dor.
Freud se referiu a isso como o “princípio do prazer”.
Tudo o que fazemos é uma tentativa para criar prazer, ganhar algo que queremos ou evitar a dor ou algo indesejável, que não queremos. Até mesmo um organismo simples unicelular faz isso. A ciência chama a isto de resposta ao estímulo.
Mas, diferentemente de um organismo unicelular, o ser humano tem mais escolhas. Somos livres para pensar e aí está o centro do problema.
É o pensamento sobre o que desejamos que fugiu ao controle.
Foi o famoso psiquiatra Carl Jung que disse: “Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta”.

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