quarta-feira, 11 de maio de 2016

Desnutrição

O Amor acontece de várias formas... não importa... afinal é Amor.
O fato é que o Amor pode morrer em sua manifestação...
Embora de forma imanifesta possa se manter intacto e mesmo imperceptível como uma saudade impessoal e sofrida.
E não há que se culpar ao acaso...
Amor não morre nunca de velhice, não é morte natural.
Morre de inanição, anemia crônica, desnutrição avançada...
Mas também pode morrer por gula, intoxicação, exageros.
Morre quando deixamos de falar "nós" e passamos a dizer "eu" no positivo e "você" no negativo.
Morre como qualquer plantinha: desaguada, seca...
Morre por dificuldades da visão, audição, falta de tato.
Morre física, mental e emocionalmente... só permanece imortal no espírito nunca visitado.
Morre por repetição de erros, traições, mentiras, morre por excesso de orgulho.
Morre por separações, distanciamentos, mutismo, desatenção... aí ele morre solitário.
Morre por feridas abertas não cuidadas, que causam infecção generalizada de mágoas, rancores, tristezas... falta 

de perdão.
Morre por falta de tempo, por falta de chance, de oportunidade, de diálogo, falta de prioridade...
Morre por indisposição, preguiça mesmo, principalmente de resolver conflitos.
Morre também de desgosto ao se ver trocado por materialidades, ao perder importância, por falta de honrá-lo como uma conquista definitiva da alma.
Morre quando perde o prazer de se dar, de ceder e passa a cobrar e exigir.

Amor morre por medo de medo.
Morre por falta de compreensão.
E aí quem sempre pediu um amor, acaba perdendo esse amor sem nem mesmo entender por quê.

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